Como funciona o micro-ondas?

Saiba como funciona o micro-ondas; entenda também como esse aparelho esquenta os alimentos e se ele traz riscos à saúde

Wagner Pedro
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• Atualizado há 1 ano
Micro-ondas (Imagem: Mateus Paulo Argall/Wikimedia Commons)
Micro-ondas (Imagem: Mateus Paulo Argall/Wikimedia Commons)

O micro-ondas se tornou praticamente indispensável na cozinha de muitas pessoas. Esse equipamento consegue esquentar seu almoço/jantar, preparar alimentos congelados ou simplesmente aquecer aquele pedaço de pizza da noite anterior. Mas para que tudo ocorra perfeitamente, uma peça importante precisa entrar em ação. Abaixo, vou te explicar como funciona o micro-ondas.

Princípio básico de funcionamento

Apesar do micro-ondas ter evoluído bastante durante os anos, apresentando tamanhos maiores e modos diferentes, seu funcionamento continua sendo o mesmo. Assim que você aperta o botão de ligar, o aparelho convertendo a corrente alternada da rede elétrica em corrente contínua, somando algo em torno de 4 mil volts.

A alta tensão alimenta o magnetômetro, que gera ondas eletromagnéticas em uma frequência de 2,45 GHz. Essa peça possui dois terminais que recebem a corrente elétrica: um é fixo e emite uma nuvem de elétrons, enquanto o outro rotaciona ao redor do primeiro, recebendo a mesma nuvem de elétrons.

Magnetômetro de um micro-ondas(Imagem: Rusty Gouveia/Pixabay
Magnetômetro de um micro-ondas(Imagem: Rusty Gouveia/Pixabay

Esse processo inicia uma carga positiva que acaba gerando uma corrente elétrica alternada na parte externa do magnetômetro, que se alterna 2.450.000.000 vezes por segundo e gera campos magnéticos e elétricos variáveis responsáveis pela emissão das micro-ondas. Por fim, elas são captadas por uma antena e chegam até o interior do equipamento através de um tubo de metal.

Como o micro-ondas esquenta os alimentos?

Sanduíche no micro-ondas (Imagem: JimmerUK/Butty Stock)
Sanduíche no micro-ondas (Imagem: JimmerUK/Butty Stock)

Quando o equipamento está em funcionamento, as micro-ondas conseguem “agitar” as moléculas de água dos alimentos 2,45 bilhões de vezes por segundo. Esse movimento gera calor e, consequentemente, aquece as comidas colocadas no interior.

O micro-ondas também consegue ter uma boa eficiência energética, pois apenas moléculas de água, gordura e açúcar são afetadas. Isso significa que ele não vai esquentar pratos ou vasilhas, reduzindo o consumo de energia e, naturalmente, evitando queimaduras acidentais.

O micro-ondas traz riscos à saúde?

Pessoa de frente ao micro-ondas (Imagem: Gentri Shop/Unsplash)
Pessoa de frente ao micro-ondas (Imagem: Gentri Shop/Unsplash)

A resposta direta é não. Se o micro-ondas estiver funcionando corretamente, não há riscos à saúde. O espaço interno metálico e a grade na porta do equipamento, que se parece com uma tela cheia de “furinhos”, blindam o produto e evita que a radiação escape.

Uma exposição direta causaria graves queimaduras, mas isso nem é possível, já que o próprio aparelho não funciona com a porta aberta. Ou seja, a radiação produzida pelo micro-ondas não faz mal, pois está totalmente contida.

Vale ressaltar que o equipamento gera radiação usando energia elétrica. Isso significa que não há materiais radioativos em seu interior que possam contaminar os alimentos.

O que não pode colocar dentro do micro-ondas?

O micro-ondas aceita praticamente qualquer tipo de material, desde que sejam resistentes a alta temperatura. O único item que você não deve colocar dentro do equipamento é objetos de metal, como garfos, facas, colheres, etc.

A razão para isso é que, ao expor um metal ao campo eletromagnético gerado pelo micro-ondas, ele vai superaquecer e as cargas elétricas vão escapar pelo ar, resultando em faíscas que podem danificar o aparelho.

Pronto, agora você já conhece um pouco mais sobre o micro-ondas.

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Wagner Pedro

Wagner Pedro

Ex-autor

Wagner Pedro é um paraibano “arretado” apaixonado por smartphones e cobre tecnologia desde 2017. Autodidata desde a época dos PCs de tubo, internet discada e Windows XP, buscou conhecimento em pequenos cursos de Informática e uniu essa paixão ao jornalismo. Ainda sente falta do extinto Windows Phone. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022.

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