Comprar inscritos no YouTube não é uma boa ideia

Entenda porque comprar inscritos no YouTube não é uma boa ideia e quais as penalidades podem ser aplicar ao seu caso

Melissa Cruz Cossetti
Por
• Atualizado há 1 ano e 2 meses
YouTube (Imagem: Alexander Shatov / Unsplash)
YouTube (Imagem: Alexander Shatov / Unsplash)

Comprar inscritos no YouTube não é uma boa ideia — há vários motivos. Mas, antes, vale entender o que são os inscritos, como a plataforma lida com interações artificiais e quais são as políticas sobre envolvimento falso e punições aos canais que violam regras.

O que são inscritos?

De acordo com o YouTube, os inscritos são espectadores do canal que indicaram que querem ver mais do seu conteúdo e clicaram no botão “Inscrever-se”. Sendo assim, os inscritos são muito importantes para o sucesso de um canal no YouTube, já que eles tendem a passar mais tempo assistindo o canal e recebem notificações de novidades.

Por que não comprar mais inscritos?

Como em qualquer rede social — como Facebook e Instagram, também — qualquer ação que aumente artificialmente estatísticas e número no Youtube é proibida. Sendo assim, a compra de inscritos se enquadra neste tipo de prática monitorada no site.

Além de claramente violar os termos de uso, canais que compram inscritos acabam deixando rastros da atividade irregular. Um deles é que o canal fica com um número elevado de inscritos e baixo número de visualizações ou horas/minutos de vídeo consumido. Já que, esses mesmos falsos inscritos, não assistem os vídeos do canal.

O segundo rastro é que, à medida que Youtube reconhece essas contas falsas — seja por denúncia ou comportamento irregular — remove as contas (às vezes de forma massiva) e isso pode derrubar o número de inscritos do canal da noite para o dia.

Além disso, um canal que cresce subitamente em inscritos com contas falsas pode ser excluído e o seu usuário também ser impedido de ter um novo canal no Youtube.

O que diz o YouTube?

De acordo com a política sobre envolvimento falso:

“O YouTube não permite nenhuma prática que aumente artificialmente o número de visualizações, marcações “Gostei”, comentários ou outras métricas usando sistemas automáticos ou veiculando vídeos para espectadores que não os selecionaram. Além disso, é proibido postar conteúdo criado apenas para incentivar a interação dos espectadores (visualizações, marcações “Gostei”, comentários etc.)” — incluindo o número de inscritos no seu canal.

Ainda de acordo com o YouTube, os conteúdos e canais que não seguem essa política podem ser encerrados e removidos. Adicionado a isso, caso você contrate alguém para promover seu canal ou cuidar da publicidade do seu canal, poderá ser afetado pelas decisões dessa pessoa ou empresa — não importando se você ou terceiros os fez.

O que é considerado envolvimento legítimo?

Ainda seguindo as políticas sobre envolvimento:

“Consideramos o envolvimento legítimo quando a intenção principal de um usuário humano é interagir de maneira autêntica com o conteúdo. As interações ilegítimas são aquelas que, por exemplo, são resultado de coerção/enganação ou as que têm como único objetivo lucrar com o envolvimento dos espectadores”.

O YouTube também encoraja usuários a fazer denúncias caso encontrem conteúdos ou canais que violam essa política neste link. É possível denunciar um vídeo ou comentário, mais de um vídeo ou comentário, um canal, uma playlist, uma miniatura ou outros.

YouTube (Imagem: Leon Bublitz / Unsplash)
YouTube (Imagem: Leon Bublitz / Unsplash)

O que não pode:

  • Conteúdo que promova ou direcione a serviços de terceiros para aumentar métricas artificialmente, como comprar número de visualizações, “Gostei” e inscritos;
  • Conteúdo que promove ou direciona a sites ou serviços de terceiros que aumentam a quantidade de visualizações ou inscrições artificialmente;
  • O criador de conteúdo promete se inscrever no canal de outros usuários em troca de inscrições no próprio canal (prática conhecida como “sub4sub”, em inglês);
  • Conteúdo que mostre um criador comprando visualizações de terceiros com a intenção de promover esse serviço (propaganda de compra de likes);

Observação:

Note que é permitido incentivar os espectadores a se inscrever no seu canal, marcar seus vídeos com “Gostei”, compartilhar o seu conteúdo ou fazer comentários. OK?!

Como ver os seus inscritos no YouTube

Os números de inscritos exibidos nestes locais são atualizados em tempo real:

  • A página inicial do canal;
  • Alternador de contas;
  • Página de exibição do vídeo;
  • Sites e apps de terceiros que usam a API YouTube Data.

No YouTube Analytics, o número de inscritos pode ser diferente do que aparece no seu canal porque a atualização desse valor nesta ferramenta pode demorar até 48 horas.

Analisando spam e engajamento falso

Segundo o YouTube, esse tempo é necessário para fazer as verificações e as análises de spam adicionais, garantindo a precisão dos números — limpando a interação falsa.

Caso seja comprovado o tráfego ou o engajamento classificado como artificial, este não será contabilizado e poderá resultar em avisos à sua conta. Porém, como não são espectadores ativos (que não assistem seu conteúdo), a remoção deles não afetará o tempo de exibição ou as visualizações do seu canal, mas apenas inscritos e likes.

O conteúdo que violar essa política será removido e você receberá uma notificação no seu e-mail. Se essa for sua primeira violação, seu canal receberá apenas um alerta, sem penalidades. Caso contrário, recebe um aviso. Aí, se você receber três penalidades (avisos), a situação escala e o canal será encerrado. Não vale o risco comprar inscritos.

Com informações: YouTube 1, 2 e 3

Esse conteúdo foi útil?
😄 Sim🙁 Não

Receba mais sobre YouTube na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Melissa Cruz Cossetti

Melissa Cruz Cossetti

Ex-editora

Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.

Relacionados