HTTP: o que é e como funciona o protocolo usado para transferir dados na web

O protocolo de comunicação HTTP serve para habilitar a transferência de informações entre clientes e servidores conectados na web

Igor Shimabukuro Ana Marques
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• Atualizado há 1 semana

O HTTP é um protocolo de comunicação para transferência de dados entre clientes e servidores, que possibilita ações simples como a visualizações de sites da web.

Enquadrado como protocolo padrão para comunicação cliente-servidor, o HTTP se destaca por sua simplicidade, compatibilidade e desempenho, o que facilita sua adoção e uso.

A seguir, entenda melhor o que é o HTTP, veja como ele funciona, e saiba o que o diferencia de outros protocolos usados na internet.

O que significa HTTP?

HTTP significa “Hypertext Transfer Protocol” (ou “Protocolo de Transferência de Hipertexto” em português). Trata-se de um protocolo de comunicação desenvolvido para transferência de informações entre dispositivos conectados em rede.

O HTTP tem papel fundamental no fluxo entre clientes e servidores, possibilitando que aplicações web e navegadores façam solicitações, e que os sistemas de computadores enviem mensagens de resposta para essas requisições.

Essa comunicação cliente-servidor permite, por exemplo, que um navegador abra uma página da web depois de ter solicitado a requisição e de ter recebido a resposta do servidor.

Quem inventou o HTTP?

O HTTP foi desenvolvido pelo cientista britânico Tim Berners-Lee, no começo da década de 90. Na época, Lee estava trabalhando na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), situada na fronteira de Suíça e França.

Com o objetivo de atender à demanda por um compartilhamento automatizado de informações, o cientista desenvolveu componentes como HTTP, HTML e URL para dar luz ao sistema de informação global World Wide Web (WWW).

Tim Berners-Lee, criador do protocolo HTTP
Tim Berners-Lee, criador do protocolo HTTP (Imagem: “Sir Tim Berners-Lee” por Knight Foundation sob CC BY-SA 2.0)

No final de 1990, Lee já havia criado o primeiro servidor web e o primeiro navegador do mundo (intitulado de WorldWideWeb), que permitiam visualizações de páginas da web com suporte ao protocolo HTTP.

Tais feitos renderam a Tim Berners-Lee o apelido de “pai da internet”.

Como funciona o protocolo HTTP?

O protocolo HTTP tem o funcionamento padrão de comunicação no molde clientes-servidores. Os clientes (navegadores ou aplicações web) fazem solicitações aos servidores, que retornam as requisições feitas.

Em termos de fluxo, o cliente envia uma solicitação com métodos HTTP específicos para o servidor, além de caminhos e informações adicionais. Vale destacar que cada método corresponde a uma requisição específica.

O servidor então processa a solicitação e envia códigos numéricos (status HTTP) como resposta para indicar se a requisição foi recebida e a ação foi executada, se houve algum tipo de erro ou se mais ações são necessárias.

Importante frisar que versões do protocolo HTTP mais recentes (como HTTP/2 e HTTP/3) apresentam melhorias de desempenho e segurança durante a navegação, embora o conceito de comunicação cliente-servidor seja o mesmo.

O que são métodos HTTP?

Ilustração de protocolo HTTP
HTTP tem diversos métodos referentes a diferentes tipos de ações (Imagem: padrinan/Pixabay)

Métodos HTTP indicam ações que a solicitação HTTP espera de um determinado servidor consultado. Cada método estipula uma operação diferente e nem todos eles podem ser suportados por um servidor. Os principais métodos HTTP abrangem:

  • GET: tem como objetivo receber dados de volta de um servidor;
  • POST: envia dados ao servidor para processamento;
  • PUT: substitui representações de recursos atuais de destino, podendo criar um novo recurso caso não exista algum atrelado à URL;
  • DELETE: tem como objetivo excluir o recurso especificado;
  • HEAD: solicita metadados de um recurso no servidor, sem a transferência do conteúdo completo;
  • OPTIONS: retorna uma lista com os métodos HTTP suportados e permitidos pelo servidor;
  • PATCH: aplica modificações ou atualizações de recursos de forma parcial;
  • TRACE: usado para depuração ou diagnóstico de problemas.

HTTP é o único protocolo usado na web?

Não. A comunicação e transferência de dados na web também conta com os protocolos HTTPS para mais segurança das informações, FTP para trocar de arquivos, SMTP para envio de e-mails, TCP/IP para endereçamento de pacotes de dados e garantias de entregas ordenadas, entre outros.

Qual é a diferença entre HTTP e HTTPS?

O HTTP consiste em um protocolo de comunicação simples, cujas informações podem ser lidas por qualquer pessoa com acesso à rede. Já o HTTPS utiliza um certificado SSL/TLS para criptografar os dados, o que pode garantir mais segurança para informações sensíveis e usuários da web.

Importante mencionar que HTTPS não quer dizer “site seguro”, visto que criminosos podem encontrar meios para garantir o certificado em suas páginas maliciosas.

Qual é a diferença entre HTTP e TCP?

O protocolo de comunicação HTTP é voltado para a transferência de informações entre dispositivos em rede por meio de solicitações e entregas. O TCP (como parte do conjunto TCP/IP) participa desse processo, mas como protocolo de transporte focado em garantir a entrega confiável de dados via web.

Qual é a diferença entre HTTP e FTP?

O HTTP tem como objetivo a transferência de informações via web, e é comumente usado para acesso de sites ou aplicações. Em contrapartida, o protocolo FTP foca na transferência de arquivos entre sistemas no modelo servidor-cliente.

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Igor Shimabukuro

Igor Shimabukuro

Redator

Igor Shimabukuro é jornalista graduado e com especialização em Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. Apaixonado por games, cobre tecnologia desde 2020. Com passagens por Olhar Digital e TecMasters, acumula mais de cinco mil conteúdos (hard news, reportagens, reviews, tutoriais, entrevistas, especiais, publieditoriais) publicados na internet.

Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.