O que muda com a TV 3.0?

Assim como ocorreu em 2007 e 2008, uma mudança está prestes a começar no quesito televisão no Brasil; saiba o que muda com a TV 3.0

Ricardo Syozi
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• Atualizado há 2 meses

Mesmo com suas peculiaridades, a mudança que o Ministério das Comunicações deseja dar início futuramente vai afetar a longo prazo os usuários brasileiros, em especial àqueles que assistem canais abertos. Com a TV 3.0, não apenas a qualidade de imagem e som vão receber um upgrade, mas o próprio aparelho das pessoas vai acabar precisando dessa alteração. Saiba mais nas linhas abaixo ou assistindo aos nossos stories.

TV 3.0
Será que você vai precisar comprar uma nova televisão? (Imagem: Unsplash/Jonas Leupe)

Após a transição entre a TV analógica e a digital que começou oficialmente em 2007, muitos brasileiros precisaram adquirir novos aparelhos para receber o sinal e continuar assistindo a seus programas favoritos. Porém, com o passar dos anos e a campanha do governo do Brasil, a troca foi feita com êxito.

Voltando para 2022, a próxima etapa dessa transição já tem nome: TV 3.0.

Em resumo: essa nova parte da televisão digital no país vai oferecer uma qualidade de imagem e som melhor do que o usuário está recebendo. Segundo o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre), o sinal deverá entregar:

  • Resolução de 4K/8K;
  • HDR;
  • Áudio imersivo (também conhecido como áudio 3D);
  • Suporte a transmissão via streaming de banda larga.

Na prática, isso vai fazer com que canais abertos ofereçam um nível de imagem e som em patamares muito próximos à serviços de streaming como HBO Max e Netflix, por exemplo.

Dessa forma, a TV 3.0 transformará o sinal digital em algo ainda mais completo, cobrindo os avanços da tecnologia no quesito. Por outro lado, segundo Luiz Fausto, coordenador do Módulo Técnico do Fórum SBTVD, essa mudança pode fazer com que pessoas precisem trocar de televisores.

Vou precisar comprar outro aparelho para a TV 3.0?

Provavelmente, mas calma lá.

Segundo as informações anunciadas no começo de fevereiro, a transição, assim como foi a do sinal digital para o analógico, vai ser gradual. A primeira transmissão está marcada para 2024, ou seja, qualquer mudança mais drástica ainda está bem distante de acontecer.

Veja por esse lado: Uma televisão LED tem vida útil entre 40 e 90 mil horas de uso, ou seja, dependendo da frequência que a mantém ligada, deve durar entre cinco e dez anos. Se você adquiriu um novo aparelho em 2021, provavelmente iria acabar substituindo por um novo por volta de 2030 (ou antes).

Se pensarmos que o tempo de mudança do sinal analógico para digital durou entre 2007 a 2016, com Rio Verde/GO sendo a primeira cidade da América do Sul a realizar completamente a troca, então pode ficar tranquilo. Mesmo se a transição para a TV 3.0 for mais rápida, ainda assim não afetará fortemente o brasileiro que já está acostumado a mudar de aparelho com uma frequência similar.

Além disso, muitas televisões modernas lançadas de 2020 pra cá já trazem características como resolução 4K, HDR e áudio imersivo. Sendo assim, pode ser que você já possua um ótimo receptor para o que a TV 3.0 vai entregar.

No geral, essa mudança será algo muito importante para o andamento da tecnologia no segmento das telecomunicações no Brasil. Ela vai entregar uma qualidade superior e, mais importante, não vai ocorrer da noite para o dia.

O que você acha dessa novidade? Acredita que será mais tranquila do foi a mudança para o sinal digital? Deixe sua opinião!

Com informações: Fórum SBTVD.

Ricardo Syozi

Repórter

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral. Entrou para o Tecnoblog em 2021.

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