iPhone 5s, outra evolução em vez de revolução

iPhone 5s traz pequenas melhorias em relação ao iPhone 5.
No varejo, aparelho custa R$ 2.799 e chega a R$ 3.599 no modelo de 64 GB.

Lucas Braga
Por
• Atualizado há 11 meses
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Em setembro, a Apple lançou uma nova linha de iPhones. Nova linha porque foram dois aparelhos: o iPhone 5c, quase idêntico ao iPhone 5 em termos de hardware, e o iPhone 5s, o topo de linha que imediatamente se tornou um objeto de desejo de muita gente. Mas assim como o upgrade do iPhone 4s para o iPhone 5, o iPhone 5s é mais uma evolução do que uma revolução.

Com o processador super potente A7 e suporte a 4G compatível com as frequências adotadas no Brasil, será que o smartphone da Apple é uma boa pedida, tendo em vista a diversidade de telefones topo de linha bem mais em conta no mercado?

Design, tela e pegada

É inegável: o iPhone 5s é um aparelho muito bonito e com um excelente acabamento. Está disponível em três cores: cinza espacial, dourado e prateado. Quando vi que a Apple lançou um iPhone dourado fiquei imaginando que seria como o Motorola V3 Dolce & Gabbana (lembram?), mas a cor é bem leve e parece mais um champagne, bom para agregar aquele valor ao camarote. A escolha da cor é extremamente pessoal, mas eu gostei muito do dourado e assim o comprei. Não duvido que em alguns meses esse celular apareça em clipes de funk ostentação, mas paciência.

A frente é toda de vidro, com o speaker, a câmera frontal FaceTime, o sensor de luminosidade e proximidade e o botão Home, que nessa versão incorpora um leitor biométrico – que falarei dele mais adiante. Na lateral esquerda, se encontram os botões de volume e a chave liga/desliga do modo silencioso. Na lateral direita fica a gaveta para Nano-SIM. Em ambas as laterais existem algumas pequenas tiras (com cores que variam de acordo com a cor do aparelho) que são as antenas do telefone.

A parte traseira é mista de vidro e alumínio anodizado. Não são materiais excepcionalmente resistentes, mas a construção é bem bonita. Na parte traseira ficam a câmera iSight, um flash duplo (que é diferente do iPhone 5, aliás) e um microfone, utilizado durante filmagens e para cancelar ruídos externos durante ligações. Já na parte inferior se encontram, da esquerda para a direita: entrada para fones de ouvido com padrão 3,5 mm, microfone, conector Lightning para carregamento e transferência de dados e o alto-falante. Se você já viu um iPhone 5, já é meio caminho andado: o aparelho é idêntico, e o que muda é apenas o tamanho do flash e o botão Home. E se você já tem um iPhone 5, fique tranquilo: suas capas e acessórios funcionarão normalmente.

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O iPhone 5s tem a tão famosa tela Retina, destacada pela Apple por ter uma alta densidade de pixels, o que torna a imagem bem nítida e com pixels indistinguíveis a olho nu. Trata-se de um display com tamanho de 4 polegadas, tecnologia IPS com resolução 640×1136 pixels, o que dá uma densidade de 326 ppi. Atualmente existem inúmeros outros smartphones com telas com resolução e densidade bem superiores, mas a tela do iPhone 5s continua muito boa.

Por ser um aparelho muito fino e com tela pequena, o iPhone 5s é pequeno quando comparamos com smartphones high-end de outras fabricantes. O problema de ser um aparelho fino, com dimensões pequenas e com o tal alumínio anodizado, material que escorrega bem fácil na sua mão, é que a pegada não fica excepcionalmente boa. Ok, isso é algo extremamente pessoal, tem gente que gosta desse formato e material, mas eu morro de medo do aparelho sair deslizando na minha mão. Adicionar uma case melhora muito a pegada, mas cobre toda a beleza.

O fato da tela ser pequena garante que mesmo pessoas com mãos pequenas consigam atingir todas as bordas da tela. Ótimo para usar o celular apenas com uma mão, mas mesmo assim é confortável o suficiente para usar com as duas. Eu estou acostumado com telas maiores e minha preferência por elas continuam existindo, mas não posso negar que estou gostando da experiência de ter um celular que cabe perfeitamente em todos os meus bolsos.

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Meus smartphones anteriores foram um Nexus 4 e um Galaxy Nexus, que possuem uma tela generosamente maior. Como costumo navegar bastante pelo telefone, mantenho minha preferência por maiores e acredito que o mercado também (basta ver o sucesso dos smartphones de outras fabricantes). Sei que muitos irão criticar isso, mas seria perfeito se essa tela tivesse pelo menos 4,5 polegadas. Quem sabe na próxima geração?

O iOS7

O iPhone 5s roda a última versão do iOS, o sistema operacional para dispositivos móveis da Apple. Com mudanças ousadas em relação ao design, a experiência trazida pelo sistema operacional combinada com o hardware do aparelho é praticamente impecável. Para quem não conhece a interface do iOS, ei-la:

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O skeumorfismo presente nas versões anteriores do iOS cedeu seu lugar a uma interface flat, que abusa de gradientes de cores e formas bem simples. A maioria delas é bonita, mas a Apple também errou a mão em várias outras, como o ícone do Game Center e o do Fotos, por exemplo. Mesmo com todos esses ícones feios, é inegável dizer que a mudança foi muito bem-vinda.

Ela é formada basicamente por ícones, e você pode reorganizá-los do jeito que quiser. O que pode não agradar alguns que vêm de outras plataformas é a ausência de widgets, que permitem acesso rápido a algumas informações. Cada página tem espaço para 20 ícones, sendo mais quatro ícones disponíveis na dock fixa. Se você quiser, pode agrupar aplicativos em pasta – e no iOS 7 não há limites de quantos apps por pasta você pode colocar. Com poucos minutos de uso dá para entender que é uma interface bem óbvia, algo excelente para quem está chegando de paraquedas no mundo dos smartphones.

Nessa versão do iOS, vários gestos estão presentes. Ao puxar um dedo do centro para baixo na tela de início, abre-se o Spotlight, que permite buscar basicamente tudo: aplicativos, documentos, emails, mensagens, músicas, contatos, gravações, notas, lembretes, vídeos, podcasts e audiolivros. Se o que você procura não está lá, ele permite buscar pelo que você quer através do Google (ou do mecanismo de busca padrão de sua preferência).

Puxando da borda inferior para cima, abre a Central de Controle, onde é possível realizar rapidamente algumas tarefas úteis, como ativar e desativar Wi-Fi, Bluetooth, Modo Avião, Não Perturbe, rotação da tela AirDrop e AirPlay, bem como ajustar o brilho, controlar o player de música (que não precisa ser o nativo, aliás). Também há a função lanterna, que liga o flash do telefone, bem como atalhos rápidos para o contador regressivo, calculadora e câmera.

Puxando de cima para baixo, abre-se a Central de Notificações. É basicamente a que está presente nas versões anteriores do sistema, mas agora conta com três abas: Hoje, que traz um resumo das principais atividades do dia, como aniversários, previsão do tempo, compromissos marcados no calendário e ações da bolsa; Todas, que exibe todas as notificações que não foram abertas ou apagadas e Perdidas, que exibe todas as notificações que você perdeu ao abrir outras. É interessante notar que é possível abrir tanto a Central de Controle como a Central de Notificações com a tela bloqueada, mas, caso prefira privacidade, há como restringir o acesso a apenas quando o telefone for desbloqueado.

O iOS 7 traz tudo que um sistema operacional deve ter: cliente de email, tocador de músicas e vídeos, aplicativos de notas, previsão do tempo, gravador de voz, relógio mundial e um serviço de mapas de qualidade duvidosa. Além disso, existem outras funções exclusivas, como o Passbook, que agrupa cartões de embarque de viagens aéreas, ingressos de cinema e shows. Comprando um iPhone 5s, você tem direito a baixar gratuitamente a suite de produtividade iWork (Pages, Numbers e Keynote), além do iLife (GarageBand, iPhoto e iMovie).

É um sistema excelente, mas, como qualquer outro sistema, também tem alguns problemas. Um grande problema é o iMessage, serviço de mensagens que está embutido no aplicativo de SMS do telefone: várias e várias vezes mensagens que enviei não foram enviadas, algo banal e que me faz preferir utilizar o WhatsApp como mensageiro móvel. Outro problema sério é que não é possível sair de um grupo de mensagens: se alguém te adicionar em uma conversa, se prepare para nunca mais sair dela.

Touch ID

Para a maioria dos usuários finais, a principal novidade do iPhone 5s em relação ao iPhone 5 é o Touch ID, que nada mais é do que um sensor biométrico que permite desbloquear o aparelho apenas colocando o dedo nele. Diferente de todos os sensores biométricos que já usei, o Touch ID foi, sem sombra de dúvidas, o mais rápido de todos que já usei. Veja só:

Você pode cadastrar até 5 dedos. O processo de registro da identificação é muito simples, e consiste em ter que ficar colocando e retirando o dedo várias vezes até o telefone informar que ficou bom. Nessa de ter que colocar o dedo várias vezes, fiz um teste e coloquei dois dedos de uma vez. Não deu outra: o sistema conseguiu registrar a digital dos dois dedos. Estou usando desde a semana passada assim, e até agora não interferiu em nada na velocidade de reconhecimento. Na prática, funciona até com outras partes do corpo: consegui cadastrar e desbloquear o telefone com o cotovelo (!) numa boa.

Além de ser utilizado para desbloquear o telefone, o Touch ID é capaz de substituir a entrada de senhas na hora de downloads na App Store e iTunes. Vale lembrar que a biometria não substitui as senhas: ao ligar o telefone depois de desligado, ao tentar redefinir os ajustes ou ao instalar um certificado, por exemplo, o sistema pede a senha numérica (ou alfanumérica, se você optar).

E saiba que se alguém tentar clonar sua digital ou mesmo arrancar seu dedo para usar o telefone, o esforço vai todo em vão: o sensor do Touch ID só funciona com dedos vivos.

Processadores e desempenho

O iPhone 5s traz um processador diferente do que estávamos acostumados a ver em smartphones: trata-se do A7, um chip de 64 bits. Não vou entrar muito no lado técnico da coisa, mas isso significa que o processador consegue lidar com uma quantidade significativamente maior de dados ao mesmo tempo. Isso também implica o suporte a aplicações que exigem mais memória, uma vez que essa arquitetura de processamento permite que o sistema funcione com mais de 4 GB de RAM. Essa última vantagem não será tão proveitosa no iPhone 5s, uma vez que o aparelho traz 1 GB de RAM e não houve engasgo em nenhuma das tarefas que realizei no smartphone.

Ainda assim, esse processador permite um novo mar de possibilidades, uma vez que aplicações mais robustas que exigem maior poder de processamento poderão funcionar tranquilamente no sistema móvel. Não vejo tanta utilidade para isso no momento, mas certamente novas aplicações surgirão num futuro próximo – espacialmente para os novos iPads. 

Além do A7, a Apple também incluiu no iPhone 5s o M7, um coprocessador que coleta dados de sensores como acelerômetro, bússola e giroscópio. O Paulo Higa me fez descobrir que existem apps que tiram proveito de dados coletados pelo M7, como o Pedometer, que mostra todos os passos que você andou nos últimos dias e permite criar metas de quantos passos você deve andar até o final do dia. Também existe o Nike+ Move, que faz com que o celular se torne praticamente uma Nike FuelBand. Isso até era possível sem o M7, mas não com a mesma precisão e gastando horrores de bateria.

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Não pretendo falar muito de benchmarks nesse telefone, uma vez que é um iPhone, e comparar números de benchmarks sintéticos com smartphones de outras plataformas não faz sentido algum, já que a forma de uso varia de sistema para sistema. O que dá para comparar com outras plataformas é a renderização de páginas da web: o teste SunSpider atingiu 416 ms, o que é um excelente resultado – o melhor resultado de um dispositivo móvel que já esteve em minhas mãos.

Câmera

A câmera do iPhone 5 já era boa, e a do iPhone 5s está ainda melhor. O sensor continua com os mesmos 8 megapixels de resolução, com a mesma lente revestida em safira, mas a estabilização da imagem parece levemente melhorada e a captura ainda mais rápida. O grande diferencial, nesse caso, é o novo flash, que é duplo e com a tecnologia True Tone, que utiliza cores diferentes para conseguir chegar a um resultado mais fidedigno. Além disso, por ser um flash duplo, o alcance melhorou consideravelmente e fotos noturnas em ambientes fechados ficam bem melhores. Não chega a ser como um flash de xenon de uma câmera convencional, mas já é um avanço.

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O que posso dizer é que a câmera do iPhone 5s me surpreendeu bastante. Claro que não vai chegar aos pés de smartphones dedicados a isso, como um Nokia Lumia 1020, mas o resultado entregado pelo iPhone 5s é deveras satisfatório. Vejam as amostras, todas tiradas no modo automático. As fotos estão disponíveis em alta resolução, clique para ampliar:

O iPhone 5s também tem o recurso Burst Mode. Basta ficar pressionando o botão de tirar fotos (ou qualquer um dos botões de volume, se preferir) de forma contínua, até o espaço disponível do telefone acabar. As fotos tiradas nesse modo ficam agrupadas em uma coleção, e, depois, você pode escolher uma ou mais fotos favoritas. Isso é excelente para tirar fotos de algo que se movimenta constantemente, como cachorros, ou mesmo em fotos com muita gente, sem que nenhum membro apareça com os olhos fechados.

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Os panoramas tirados pelo iPhone 5s também são muito bons, e é o melhor panorama de telefone celular que já vi até agora. O algoritmo utilizado para a captura de imagens consegue fazer milagres e evitar o máximo de borrões e nivelamento da foto.

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A câmera de vídeo do iPhone 5s também é boa. O resultado final não trouxe muita diferença em relação ao iPhone antigo: continua filmando em Full HD. Confira o teste da câmera:

Entretanto, a câmera de vídeo está melhor: ela é capaz de capturar vídeos a 120 frames por segundo com resolução 720p. Isso possibilita um novo modo de filmagem: câmera lenta. Dá para brincar bastante com o recurso, e você seleciona qual a parte em câmera lenta você deseja. Vale lembrar que é um modo de captura específico, portanto não dá para fazer o efeito slow motion no vídeo convencional, embora seja possível fazer um vídeo normal a partir de uma filmagem em câmera lenta.

A parte chata de tudo isso é que você só consegue compartilhar vídeos em câmera lenta a partir das opções padrão do iOS, como AirDrop, iMessage, Email, YouTube, Facebook, Vimeo e iCloud. Se você quiser mandar um vídeo por WhatsApp, por exemplo, terá que enviá-lo por email a si mesmo para depois salvar o vídeo na galeria para então compartilhá-lo.

4G

Eu tinha um iPhone 5 e fiz o upgrade para o 5s. Meu principal motivo: acesso às redes de quarta geração. A experiência é muito boa: dá para assistir a vídeos em alta resolução no YouTube sem engasgos, fazer chamadas de vídeo via FaceTime tranquilamente e fazer downloads pesados de forma bem rápida.

Minha linha principal é da Vivo, e, portanto, estou utilizando o 4G da operadora. Com a promessa de 5 Mb/s de velocidade no contrato, consigo uma média de 35 Mb/s de download e 6 Mb/s de upload na cidade de Belo Horizonte – resultados mais do que satisfatórios. Teve um momento que consegui incríveis 88 Mb/s de download e 23 Mb/s de upload, mas não é sempre que isso acontece. Em algumas cidades, clientes Vivo relatam que a operadora está travando o acesso máximo até 10 Mb/s, algo que acontecia até mesmo aqui em Belo Horizonte, mas felizmente não tem me atingido.

Também testei a rede da TIM, e consigo uma média de 15 Mb/s em toda a cidade, com picos de 30 Mb/s. Ao menos na minha residência, o sinal é bem instável e o telefone fica alternando entre 2G, 3G e 4G toda hora.

Vale lembrar que a mudança do 3G para 4G não compreende apenas velocidade, mas sim a latência, que é bem menor, bem como a rede mais vazia. Isso significa que, como poucas pessoas utilizam 4G, a rede está bem livre e o serviço funciona de forma surpreendentemente bem em locais com alta concentração de pessoas, como em estádios, shows e afins.

Multimídia

Multimídia é um ponto bem forte do iOS 7: o player de músicas nada mais é do que o iPod, e é certo que a Apple tenha uma certa experiência no ramo audiovisual. Diretamente do próprio telefone é possível comprar músicas, álbuns, vídeos e filmes, diretamente da iTunes Store, ou carregar conteúdo diretamente do computador através do iTunes.

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O player de músicas é muito bom e a qualidade do áudio é ótima. Mas se você pretende assistir a vídeos, isso pode lhe trazer uma certa dor de cabeça: o iPhone 5s só traz suporte de vídeo em H.264 e MPEG-4, e está longe de ter suporte nativo a formatos de vídeo mais populares como *.mkv ou *.avi. A boa notícia é que tudo isso se resolve na base de aplicativos, como o excelente e gratuito VLC.

O iPhone 5s também traz na sua caixa o fone de ouvido EarPods. O fone encaixou muito bem nas minhas orelhas e a qualidade de áudio é realmente muito boa. O fone traz, além de microfone, um controle de volume que tem um botão que permite iniciar e pausar a música em questão.

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Bateria

A bateria do iPhone 5s está pouco melhor que a do antigo iPhone 5: são 1.560 mAh no modelo novo, contra 1.440 mAh do iPhone antigo. Na prática, não muda muita coisa, e no meu dia a dia a bateria tem durado mais ou menos o mesmo quando tinha o iPhone 5. Isso significa que ela continua sendo insuficiente para o meu estilo de uso.

No meu dia a dia normal, que consiste em um uso bem intenso de redes sociais (WhatsApp, Tweetbot e Facebook), escutar 1 hora de música por streaming no Spotify e mais 30 minutos de ligações, o smartphone vai de 100% a 0% em menos de 10 horas. Com o padrão de testes moderado do Tecnoblog, foram gastos 31% da autonomia da bateria, enquanto no padrão intenso foram gastos 67% da bateria.

Outro ponto que devo destacar é que o telefone esquenta com muita facilidade. O que me deixou surpreso é que o gasto de bateria do 4G é quase idêntico ao do 3G, confirmando as promessas de duração de bateria da Apple. Claro que esse é um fator que varia bastante, principalmente quando a intensidade de sinal está mais baixa.

Para muita gente, a bateria do iPhone 5s é mais do que suficiente para passar o dia e chegar em casa com um restinho de carga. Não é o meu caso: levar o carregador na mochila já se tornou uma prática padrão para o meu uso.

Considerações finais

Não posso deixar de falar o clichê de todo review de iPhone: o iPhone 5s é o melhor iPhone que a Apple já fez. É um aparelho bem construído (embora frágil), traz uma experiência muito boa do iOS 7, tem uma câmera que não deixa nada a desejar e uma capacidade de processamento de dar inveja a muitos celulares e até mesmo computadores.

O maior problema do iPhone 5s é o preço: aqui no Brasil, a versão de 16 GB sai a R$ 2.799, um preço bem salgado quando se compara a smartphones high-end de outras plataformas. A versão de 32 GB sai por R$ 3.199 e a versão de 64 GB custa R$ 3.599.

Se você tem um iPhone 5, deve estar se perguntando se vale a troca para o modelo mais novo. Se você utiliza muito o celular fora de casa, está insatisfeito com as velocidades alcançadas pelo 3G ou a rede está muito congestionada na sua região e está disposto a assinar um plano de dados 4G, é um upgrade a se pensar. Se esse não é o seu caso, não há motivo em fazer esse upgrade: o Touch ID é bem legal, mas nenhum recurso extremamente matador que vai mudar sua vida completamente.

Já se você possui um iPhone mais antigo, com um 4s ou inferior, mudar para o iPhone 5s é um belo de um upgrade: você notará muita diferença na câmera, na tela, na velocidade de uso e até mesmo na duração da bateria. Agora, se você possui um smartphone Android, vai depender de qual é o seu aparelho atual e de quão feliz você está na plataforma do robô verde.

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Pontos positivos

  • A câmera é muito boa e o flash True Tone é ótimo em fotos noturnas.
  • Suporte a redes 4G brasileiras.
  • Sistema rápido e fluido, sem travamentos ou lentidões.

Pontos negativos

  • Preço salgado.
  • Material frágil e suscetível a arranhões.
  • Tela poderia ter tamanho maior.

Bônus: comprando no exterior

Existem várias variantes do iPhone 5s. A versão comercializada pela Apple no Brasil é a A1457, que é compatível com o 4G brasileiro e a única coberta pela garantia da fabricante por aqui.

Se você pretende comprar nos EUA, se atente ao fato de que o aparelho americano não é compatível com as frequências do 4G brasileiro. O celular até vai funcionar aqui no Brasil, mas apenas em redes 2G e 3G. É até possível encontrar o modelo A1457 nas operadoras Straight Talk e Net 10, mas o aparelho não é desbloqueado para uso em outras operadoras, o que não resolve bem o problema de quem pretende importar.

Vários países europeus possuem o modelo A1457 (confira a lista completa). Entretanto, o valor é bem mais caro que nos Estados Unidos: os preços começam em 699 euros. Vale lembrar que países da União Europeia e o Reino Unido oferecem para turistas o reembolso de impostos: na França, você recebe de volta 12% de todo o valor do aparelho. Continua sendo mais caro que nos EUA, mas bem mais barato que no Brasil.

Não importa em qual país você comprar, certifique-se antes da compra de que o aparelho está desbloqueado para todas as operadoras.

Atualizado às 17h19. Uma versão anterior do texto dizia incorretamente que não era possível anexar fotos diretamente do aplicativo Mail.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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