Monitor Samsung Odyssey G5: para jogos e trabalho

O Odyssey G5 promete taxa de atualização alta para o gamer, junto de proporção em 21:9 para trabalhar e pagar todos os boletos

André Fogaça
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• Atualizado há 11 meses
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O mundo gamer continua crescendo para todo lado e a Samsung também continua apostando cada vez mais forte neste tipo de público. O monitor Odyssey G5 é um dos mais recentes lançamentos da marca coreana com esse objetivo em mente, entregando espaço generoso para jogatina e também servindo como uma tela larga o suficiente para trabalhar, para assim o usuário conseguir pagar os boletos.

O Odyssey G5 tem 34 polegadas, exibe conteúdo em proporção de 21:9, tem curvatura prometendo entregar uma visão mais próxima ao que o olho humano registra, além de colocar 165 Hz para os gamers mais exigentes não reclamarem de nenhum atraso, tudo isso em apenas 1 ms de resposta.

Vale a pena investir tanto dinheiro em um monitor com esses números? Eu passei as últimas semanas com ele na minha mesa e te conto minha experiência nos próximos parágrafos.

Análise do Samsung Odyssey G5 em vídeo

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O monitor Samsung Odyssey G5 foi fornecido pela Samsung por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design e conexões

No monitor Odyssey G7 a Samsung trouxe ao Brasil uma opção de tela com pegada mais discreta para ficar confortável na mesa do jogador, mas agora no G5 a situação muda e deixa o produto com uma sensação de ser uma árvore de natal ainda mais escondida.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Traduzindo, isso significa que ele conta com visual mais sóbrio, mesmo com as extremidades da parte inferior ainda exibindo ângulos retos e sem aparentemente entregar algum recurso que necessite disso. Outro ponto que me fez pensar o que falei é a ausência de LEDs e isso me deixa mais animado para colocar essa tela numa mesa de trabalho, mas pode deixar o jogador um pouco frustrado. Eu sei que LED aceso não aumenta o desempenho do computador, mas é bom ter a sensação de fps extra né.

Outra grande mudança entre os dois monitores está divida em dois pontos que se encontram. O primeiro é a menor quantidade de portas e conexões na parte traseira, deixando de lado a função de hub USB, mas ao mesmo tempo coloca o acesso destes conectores mais para cima.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Fica mais fácil encontrar onde está cada porta e o kit de conexões tem o básico tanto par o gamer, quanto para quem vai trabalhar e isso significa uma HDMI, outra Display Port e saída de fone de ouvido, junto de entrada de serviço em USB e de outra para energia. Vale um lembrete que a conexão HDMI é do padrão 2.0 e isso deixa de fora algumas vantagens do PlayStation 5, Xbox Series S e X.

O segundo ponto é o apoio do monitor, ele é maior para suportar o peso e dimensões extras, mas infelizmente não oferece qualquer ajuste de altura. O usuário só consegue controlar a inclinação da tela, que também não entrega um ajuste muito generoso. Apoiado na mesa, o Odyssey G5 vai ficar mais para baixo e a posição do pescoço neste momento não é das melhores. Para resolver este dilema você pode colocar um apoio de madeira ou qualquer outro calço.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Se por um lado não ter controle de altura faz muita falta, por outro eu senti que o G5 é mais firme na mesa. Bem me lembro do G7 trepidando com facilidade sempre que eu digitava alguma coisa no teclado durante o trabalho.

Fechando a parte externa, o Odyssey G5 é todo preto e não conta com caixas de som, nem mesmo apoio para pendurar fones de ouvido. Eu sei que estes falantes de monitores nunca são bons, mas como o próprio aparelho ocupa tanto espaço e fica baixo, seria interessante colocar as caixas apenas como ajuda para o gamer que prefere ter a mesa mais limpa, com menos coisas espalhadas.

Qualquer jogo sempre é melhor de fone de ouvido, mas de vez em quando você quer mostrar uma jogada para alguém ao lado, sabe? Nesse momento o sistema de som embutido seria interessante.

Qualidade de imagem

A qualidade de imagem é boa e eu poderia fechar assim esse review, mas é melhor explicar. O Odyssey G5 tem design curvo que faz diferença quando a tela está tão próxima dos olhos e ainda assim é grande, neste caso com 34 polegadas.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

A medida para a curvatura é em R e neste monitor ela é a mesma do G5, com 1000R. Isso significa uma curvatura com as bordas mais fechadas, aumentando a imersão do jogador e lidando muito bem até mesmo com reflexos. Tudo isso funciona como esperado e os ângulos de visão para quem está mais de lado não são tão ruins assim, mesmo para telas curvas onde o foco é realmente apenas o ponto central, em uma experiência mais pessoal do que em grupo.

Eu não costumo escolher um monitor ultrawide para jogar, mas em alguns games esse tipo de tela ajuda bastante, principalmente em títulos de tiro em primeira pessoa, estratégia ou MOBA, além de corrida. Ver mais para os lados te dá mais visão do que acontece, sem precisar mover a tela durante o game – em uma partida com pessoas em telas 16:9 você ganha uma vantagem generosa.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Por outro lado, alguns títulos colocam partes da interface nas extremidades e eu me vi virando o rosto muitas vezes para olhar o mapa em Heroes of the Storm, por exemplo. Outro ponto importante é que exibir mais pixels fará sua placa gráfica trabalhar mais, tenha isso em mente.

Já para trabalho, o ultrawide é seu melhor amigo e uma solução interessante para quem estava com dois monitores. Tanta resolução em proporção tão larga garante duas janelas abertas ao mesmo tempo e sem perder nenhum conteúdo, ou então uma linha do tempo maior para quem edita vídeos. É sempre bom, em todo momento.

A resolução da tela é de 3.440 x 1.440 pixels, ou o 2K esticado para preencher a proporção de 21:9. O painel é VA, com taxa de atualização em 165 Hz e resposta em um milissegundo, junto de FreeSync para quem escolheu uma GPU da AMD, mas também fazendo algum trabalho nas placas da Nvidia.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Tudo lindo e maravilhoso, mas você precisa ter em mente que o FreeSync só vai funcionar com o cabo Display Port. Mesmo sem local dimming, a reprodução de conteúdo é boa e o contraste também entra no pacote da alegria, mas com o HDR quase não mudando a experiência de jogo.

O menu de ajustes do monitor é pequeno no centro da tela, acionado com ajuda de um joystick. Eu prefiro este controle justamente por deixar a frente da tela ainda mais livre de botões extras, mas nos primeiros dias de uso eu sempre errava os atalhos para brilho, volume do fone e o seletor de fonte da imagem. Depois de um tempo tudo funcionou bem.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Por fim, os controles de ajustes aparecem em português, mas europeu. Isso atrapalha? De forma alguma, mas saiba que ecrã é tela tá?!

Vale a pena?

O monitor Odyssey G5 é uma opção interessante para quem quer unir momentos de jogatina com outras partes do dia trabalhando. A resolução 2K esticada em proporção 21:9 ajuda bastante em todos os momentos, mas alguns games não são compatíveis com tanta largura. Nos que já contam com suporte para isso, é só alegria.

Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Samsung Odyssey G5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Me incomodou bastante a falta de controle para altura e a ausência de um organizador de fios maior, capaz de segurar todos os cabos atrás da tela. Eu adorei não ver luzes RGB, mas sei que o gamer raiz vai torcer o nariz para isso. Por outro lado, a qualidade de imagem é ótima e a curvatura é confortável.

O preço sugerido para o Odyssey G5 é de R$ 4.199 e ele é alto. Eu sei, o dólar disparou e a inflação está cada vez mais presente, mas ainda assim este monitor faz bem o prometido e quase não encontra concorrentes no mercado nacional. O que mais se aproxima é o Dell S3422DW, só que ele é mais caro. O LG 34WK650 é mais barato, mas com resolução e brilho menores, além de não ser curvo.

No fim das contas, o Odyssey G5 é uma boa escolha e vai te entregar momentos bons tanto para jogos como no trabalho.

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André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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