Review TV 4K Philips Ambilight 6700: show de luzes

Philips Ambilight PUG6794 traz Dolby Vision, recursos básicos e muitos LEDs para iluminar o ambiente

Paulo Higa
• Atualizado há 4 meses
TV 4K Philips Ambilight 6700 - Review

A linha Philips Ambilight é famosa pelo seu maior diferencial: a iluminação em LED que sai da moldura da TV e promete aumentar a imersão na sala de estar. O modelo PUG6794 oferece um show de luzes nas três bordas sem se esquecer de que é um televisor, com tecnologia Dolby Vision, HDR10+ e resolução 4K, em versões de 55 e 65 polegadas.

Mas será que a Philips Ambilight é uma boa opção de compra? Vale a pena escolher esse televisor por causa da iluminação diferenciada? E a qualidade de imagem, como é? Eu assisti a dezenas de horas de conteúdos na TV da série 6700 nas últimas semanas e conto minhas impressões nos próximos minutos.

Análise da Philips PUG6794/98 em vídeo

Design (e o tal do Ambilight)

A PUG6794 tem uma construção simples, com bordas de plástico cinza e um pequeno logotipo da Philips no canto inferior esquerdo. Para quem opta por instalar a TV em cima de uma superfície, os pés deixam o equipamento em uma altura bem baixa. O grande problema dessa abordagem é que, se você instalar uma soundbar na frente, pode acabar obstruindo o receptor de infravermelho do controle remoto, o que de fato aconteceu nos meus testes.

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Mas o que mais interessa é o Ambilight, tanto que a Philips colocou um botão dedicado para o recurso no controle remoto. A mágica é feita por meio de dezenas de LEDs coloridos espalhados nas laterais da TV que refletem na parede, criando um show de luzes. Por padrão, as cores seguem a imagem que estiver sendo exibida, gerando uma sensação de continuidade.

TV 4K Philips Ambilight 6700 - Review
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Você também pode configurar para as luzes mudarem de acordo com o som, escolher uma cor específica ou até integrar a TV com suas lâmpadas Philips Hue. O Ambilight é muito bem desenvolvido: as cores reproduzidas pelos LEDs são vivas, alcançam uma área considerável (chegando até o teto) e são perfeitamente sincronizadas. A Philips pensou até em um recurso que calibra as cores de acordo com a pintura da parede.

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Aumenta a imersão? Para mim, sinceramente, não. Não é como se você tivesse “esticado a tela”, ou se sentisse mais “dentro do conteúdo”. Mas a tecnologia é bem-vinda para quem se importa mais com decoração de ambientes: o resultado é visualmente espetacular e de fato impressiona, ainda mais nas primeiras horas de uso.

Conexões e controle remoto

As conexões são um dos pecados da TV. Infelizmente, a Philips Ambilight 6700 só possui três entradas HDMI (uma delas com retorno de áudio). Para uma TV de 65 polegadas nessa faixa de preço, existem modelos com quatro portas no mercado. Se você instalar uma soundbar, um decodificador da TV por assinatura e um set-top box, pode ser obrigado a fazer uma gambiarra para ligar o videogame, por exemplo.

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Uma das entradas HDMI fica na lateral, facilitando o acesso para quem instala o televisor na parede, bem como uma porta USB. A TV possui saída de áudio óptica, mas a Philips manteve uma entrada de fone de ouvido de 3,5 mm, que ainda é útil para uma parcela dos usuários.

Já o controle remoto é cheio de botões para navegar pela interface do sistema operacional Saphi. As teclas respondem bem aos comandos, desde que você deixe o sensor de infravermelho desobstruído, como já destaquei anteriormente. Ponto positivo por ter botões dedicados para dois dos serviços mais populares de mídia: YouTube e Netflix.

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Qualidade de imagem

A qualidade de imagem da Philips Ambilight é como o de uma boa TV básica. O brilho é um pouco mais forte que em algumas TVs de entrada, garantindo uma experiência satisfatória mesmo em ambientes mais claros, com incidência de luz solar. Apesar de não ter nenhum recurso mais sofisticado, como um local dimming, o contraste do painel é bom, com uma iluminação bastante competente.

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O ângulo de visão é um ponto forte e oferece boa visualização mesmo em salas de estar mais largas, em que nem todo mundo senta exatamente de frente para a tela. E o preto, embora não seja tão escuro quanto em outras TVs da mesma categoria, é relativamente uniforme; só percebi uma pequena inconsistência no canto superior direito e no canto inferior esquerdo na minha unidade de testes, mas nada que seja percebido em conteúdos reais.

Nos meus testes aconteceu algo estranho: se eu enviasse sinal Dolby Vision por meio de uma Apple TV 4K, a imagem apresentava um color banding terrível, que prejudicava conteúdos reais, como degradês de céus. Isso é estranho, já que o Dolby Vision teoricamente oferece a melhor qualidade possível — não tive o mesmo problema com HDR10, nem com alcance dinâmico padrão. Pode ser uma falha de software, mas não havia nenhuma atualização até a publicação deste review.

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Para games, a Philips Ambilight 6700 não decepciona no input lag, mas também não é excepcional. No modo de jogo, com resolução 4K e taxa de atualização de 60 Hz, consegui uma latência média entre 30 e 35 milissegundos, o que é apenas aceitável.

Qualidade de som

O som também possui boa qualidade para uma TV dessa categoria. Nas especificações técnicas, a Philips fala em um conjunto de dois alto-falantes de 10 watts, um número padrão dentro da faixa de preço.

O áudio é claro, graças aos médios bem definidos, que facilitam o entendimento dos diálogos. Os alto-falantes também arriscam um pouco de graves. Eles não vão te oferecer uma grande imersão em filmes de ação, mas quem não é tão exigente não precisa se preocupar em instalar um sistema de som dedicado, por exemplo.

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O controle de volume é peculiar: ele vai de zero a 60 em vez de adotar uma escala centesimal, como acontece em outras fabricantes. No nível 40, com uma boa fonte de áudio, já é possível preencher bem um cômodo médio, de aproximadamente 10 ou 15 metros quadrados.

Software e funções de Smart TV

A Philips já vendeu televisores com Android TV no Brasil, mas os novos modelos, incluindo a Ambilight série 6700, adotam uma plataforma própria de Smart TV, batizada de Saphi. Em termos de funcionalidades e aplicativos disponíveis, não chega a ser ruim quanto o antigo sistema da TCL, mas fica atrás do que encontramos no Tizen, webOS e Roku.

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Apesar de não ter nenhuma animação, possivelmente para deixar a interface mais ágil, o Saphi é um sistema operacional meio travado. Um dos incômodos surge assim que você liga o equipamento: a TV não aceita nenhum comando nos primeiros segundos, o que significa que, se você desligou a TV quando o volume estava alto, vai ter um susto por alguns segundos até conseguir abaixar o som.

Todos os comandos da Smart TV ficam concentrados em um menu inferior flutuante, com botões para mudar a entrada de vídeo, visualizar o guia de programação da TV aberta, abrir um aplicativo, pesquisar um conteúdo ou fazer ajustes. As configurações usadas com mais frequência, como o estilo de imagem e o timer, são exibidos logo no menu inferior, sem necessidade de entrar na tela de ajustes específicos (aliás, personalização é o que não falta aqui).

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Serviços de mídia como Netflix, YouTube, Amazon Prime Vídeo e Fox estão pré-instalados na TV. Também é possível encontrar Globoplay, Globosat Play e Deezer na loja de aplicativos do Saphi. Mas eu não achei Spotify, HBO, Telecine ou Apple TV+, que estão disponíveis em algumas plataformas de Smart TV concorrentes.

Vale a pena?

A Philips Ambilight 65PUG6794/78 (ufa!) é uma boa TV, apesar de focar em diferenciais que só serão valorizados por um público específico — principalmente a iluminação nas bordas. Ela sacrifica alguns detalhes, como o sistema operacional e as conexões, em troca de um design para impressionar as visitas.

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No momento em que eu fazia este review, a TV de 65 polegadas da Philips era encontrada no varejo nacional por preços entre R$ 3,3 mil e R$ 3,9 mil. É um valor parecido ou maior que o da LG UM76, por exemplo, que traz um sistema mais completo, uma entrada HDMI a mais e uma qualidade de imagem comparável.

Já a Samsung RU7100 peca por também possuir três conexões HDMI na versão de 65 polegadas e uma imagem com ângulo de visão mais limitado, mas em compensação tem uma plataforma Tizen com controle remoto único e é mais acessível, chegando a ficar abaixo dos R$ 3 mil em promoções.

TV 4K Philips Ambilight 6700 - Review

Mas se você se interessa por design e ambientação, a Ambilight série 6700 é uma escolha possível, com alto-falantes convincentes, acesso aos aplicativos básicos de mídia e qualidade de imagem sólida, sem defeitos graves. De quebra, a sala fica bem mais bonita.

Leia | O que é um LED? Entenda como funciona essa tecnologia de iluminação

Especificações técnicas

  • Modelo: Philips 65PUG6794/78
  • Tamanho do painel: 64,5 polegadas (164 cm)
  • Resolução: 3840×2160 pixels
  • Taxa de atualização: 60 Hz
  • Tipo de painel: IPS LCD
  • Tecnologias de imagem suportadas: HDR, HDR10+, Dolby Vision, HLG
  • Potência dos alto-falantes: 2x 10 watts
  • Tecnologias de áudio suportadas: Dolby Atmos
  • Sistema operacional: Saphi
  • Consumo de energia: 100 watts (médio), 0,3 watt (mínimo)
  • Entradas de vídeo: 3 HDMI, 1 RF, vídeo componente
  • Saídas de áudio: 1 saída de áudio óptica digital, 1 saída de áudio analógica (3,5 mm)
  • Outras conexões: 2 USB 2.0, Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 4.2, Ethernet
  • Dimensões (largura x altura x profundidade): 146x85x8,9cm (sem a base) e 146×86,9×27,4 cm (com a base)
  • Peso: 23,9 kg (sem a base), 24,3 kg (com a base)

Review TV 4K Philips Ambilight 6700

Prós

  • Ângulo de visão excelente para ambientes maiores
  • Show de luzes em qualquer ambiente
  • Som de qualidade dentro da categoria

Contras

  • Poderia ter mais uma entrada HDMI
  • Smart TV limitada, com interface travada e falta de aplicativos
Nota Final 7.2
Conectividade
6
Design
9
Imagem
7
Som
8
Usabilidade
6

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Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.