Microsoft acusou Embraer de usar software pirata

Embraer pagou US$ 10 milhões para encerrar o caso.
Fabricante brasileira de aviões nega ter usado cópias irregulares do Windows.

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas
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Você provavelmente não sofrerá consequências graves se usar softwares piratas no Brasil, mas no caso das empresas a fiscalização é bem mais rígida. Em maio de 2012, a Microsoft acusou a brasileira Embraer de usar cópias irregulares do Windows e denunciou a fabricante de aviões à Procuradoria Geral de Washington, nos EUA.

No estado de Washington, onde fica a sede da Microsoft, há uma lei que pune as empresas que usam softwares piratas ou não licenciados: elas ficam proibidas de fazer negócios no local. Para que a denúncia não se tornasse um processo judicial, a Microsoft pediu à Embraer uma quantia em dinheiro para encerrar o caso. De acordo com a Folha, o valor pago ficou na casa dos US$ 10 milhões.

A Folha, que afirma ter tido acesso a documentos enviados ao CEO da Embraer no ano passado, diz que foi feita uma auditoria da PricewaterhouseCoopers a pedido da Microsoft, que encontrou “cópias irregulares de pacotes Windows e mais de um computador usando a mesma cópia legal de um programa”.

Entretanto, mesmo após o acordo milionário, a Embraer continua negando que tenha usado software pirata: “A Embraer repudia veementemente qualquer sugestão de que possa ter pirateado ou se apropriado indevidamente de software da Microsoft, sua parceira comercial de longa data”.

Tudo foi resolvido no dia 6 de abril, quando a Embraer pagou os 10 milhões de dólares. Se a Microsoft resolvesse seguir adiante com a denúncia, a fabricante brasileira ficaria numa situação ainda pior: ela poderia ser proibida de vender aviões em Washington e outros 37 estados americanos.

Com informações: Folha, Gizmodo Brasil.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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