Ministério da Justiça exige explicações ao Facebook
Mais uma polêmica na conta de Mark Zuckerberg. O Facebook começou a ativar automaticamente o reconhecimento facial nas contas dos usuários. Ao fazer um upload de foto, os algoritmos da rede social fazem um scan da imagem para tentar determinar se algum conhecido está ali. Claro que, mais uma vez, a privacidade dos internautas é colocada em questão.
Pior de tudo é que o Facebook habilitou o reconhecimento facial em diversas contas de usuários sem pedir permissão. Pum, está ativado. O órgão de defesa do consumidor do Ministério da Justiça não gostou muito dessa história e solicitou que o Facebook se explique sobre a ativação automática do recurso.
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, notificou o Facebook a prestar esclarecimentos sobre um novo sistema que reconhece pessoas automaticamente. A ferramenta possibilita aos usuários identificar seus amigos em fotos postadas no álbum pessoal, aumentando potencialmente a exposição da imagem dos usuários da rede.
Isso é o que diz o comunicado publicado no site do Ministério da Justiça. Lá está explicado que o órgão tomou conhecimento do assunto pela mídia, e que constatou indícios da falta de consentimento na hora de ativar o reconhecimento facial. O MJ não descarta também a invasão de privacidade, como você pode ler no comunicado.
O Facebook tem dez dias para dar uma resposta à notificação. Vai ter que explicar se as mudanças para ativar o reconhecimento facial foram avisadas aos usuários brasileiros.
É bom ressaltar que o Facebook já emitiu um comunicado no qual admite ter errado ao ativar o recurso de reconhecimento facial sem a autorização prévia dos usuários. Se isso vale alguma coisa para o Ministério da Justiça, aí são outros quinhentos.
