Samsung desenvolve bateria de grafeno que carrega cinco vezes mais rápido

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 semanas
Samsung Galaxy On7

Toda vez que falamos em “Samsung” e “bateria”, é inevitável lembrar do fiasco do Galaxy Note 7. Mas a coreana já mostrou que consegue fazer smartphones bem-sucedidos e não-explosivos desde então.

Agora, ela está olhando para o futuro. O Instituto Superior de Tecnologia da Samsung (SAIT) usou grafeno para desenvolver uma bateria que, em relação a modelos tradicionais, tem capacidade 45% maior e carrega cinco vezes mais rápido.

As baterias de íons de lítio vêm atingindo limitações em sua capacidade e velocidade de recarga. Desde que foi descoberto em 2004, o grafeno — uma forma de carbono — é visto como um material que pode ajudar, graças à sua elasticidade e condutividade elétrica.

A equipe da Samsung encontrou um mecanismo que usa SiO2, ou sílica, para sintetizar grafeno em uma estrutura tridimensional. O material se expande de forma semelhante a uma pipoca — é a comparação que os próprios pesquisadores fazem no estudo, publicado este mês na revista Nature Communications.

O processo cria bolas de grafeno que são usadas como ânodo e cátodo em uma bateria de íons de lítio. Ela vai de 0% a 100% em doze minutos, contra uma hora para um modelo tradicional sem grafeno. Além disso, ela também funciona a temperaturas de até 60 graus, algo necessário para uso em carros elétricos.

A Samsung patenteou a tecnologia na Coréia do Sul e nos EUA. No entanto, como lembra o analista Kim Young-woo ao Financial Times, “isso é excelente e tem várias aplicações em potencial, mas levará muito tempo para que as baterias baseadas em grafeno sejam produzidas em massa. O importante é quem poderá comercializá-las primeiro”.

Com informações: ZDNet, Financial Times.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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