No ano passado, o Coinhive surgiu com a proposta de substituir anúncios na web por um minerador de criptomoeda. Essa ferramenta foi rapidamente usada de forma abusiva, gastando seu processador e bateria sem aviso.

Desta vez, o YouTube foi flagrado exibindo propagandas que mineravam criptomoeda. Elas usavam a plataforma de anúncios DoubleClick, do Google, em alguns países específicos, incluindo Japão, França, Itália e Espanha.

Pesquisadores da Trend Micro dizem que, em nove dos dez casos, os anúncios usavam o código JavaScript fornecido pela Coinhive, que minera a criptomoeda Monero. O script estava programado para consumir até 80% da CPU do visitante.

Pior: o JavaScript malicioso às vezes estava presente em anúncios para programas antivírus falsos, que roubam dinheiro das pessoas e injetam malware quando são instalados.

O YouTube pode ser um grande alvo para mineradores de criptomoeda porque os visitantes passam bastante tempo no site. “Quanto mais tempo os usuários minerarem criptomoeda, mais dinheiro eles geram”, lembra o pesquisador de segurança Troy Mursch ao Ars Technica.

Por lo visto @YouTube es muy gracioso y no le bastaba con bajarnos la audiencia, ahora van y nos meten el JavaScript de Coinhive para utilizar nuestros dispositivos para minar Monero! De verdad, @Google! Que leeches estáis haciendo con YouTube?? pic.twitter.com/NzMUMlArJs

— ᛗ🦊ᛟErvoᛟ🦊ᛗ @ervo.bsky.social (@Mystic_Ervo) January 24, 2018

Hey @avast_antivirus seems that you are blocking crypto miners (#coinhive) in @YouTube #ads
Thank you 🙂https://t.co/p2JjwnQyxz

— Diego Betto (@diegobetto) January 25, 2018

Segundo a Trend Micro, a campanha de anúncios maliciosos no YouTube começou em 18 de janeiro. Desde então, diversos usuários reclamaram em redes sociais sobre o minerador oculto, detectado por programas antivírus.

Os anúncios com minerador ficaram ativos por mais de uma semana. No entanto, o Google diz em comunicado que eles “foram bloqueados em menos de duas horas, e os agentes maliciosos foram rapidamente removidos de nossas plataformas”.

Com informações: Trend MicroArs Technica.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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