Há alguns anos, o macOS vem adotando diversos elementos do iOS, desde os ícones da interface até a Siri. No entanto, eles permanecem sistemas separados, e o CEO Tim Cook diz que isso não vai mudar tão cedo.

Em uma entrevista publicada no Sydney Morning Herald, Cook sugere que não haverá uma fusão do macOS com o iOS: “eu não acho que é isso que os usuários querem”.

Eis o que Cook disse ao jornal:

Nós não acreditamos em diluir um por causa do outro. Ambos [o Mac e o iPad] são incríveis. Uma das razões pelas quais ambos são incríveis é porque os impulsionamos a fazer o que eles fazem bem. E se você começa a fundir os dois… você começa a fazer concessões e comprometimentos.

Talvez a empresa ficasse mais eficiente [com apenas um sistema operacional]. Mas não é disso que se trata… essa conversa de fusão em que algumas pessoas estão fixadas, eu não acho que é isso que os usuários querem.

Rumores sugerem que a Apple vai usar seus próprios processadores nos Macs, deixando de lado a Intel. Seria necessário criar uma versão ARM do macOS, mas isso não levaria necessariamente a uma unificação com o iOS.

Claro, isso não impede um projeto da Apple para apps universais. Segundo a Bloomberg, desenvolvedores poderão criar um único programa que funciona tanto no iOS como no macOS, adaptado para toque ou mouse/teclado. Isso deve ser anunciado durante a próxima conferência WWDC.

A Apple ainda vê tablets e laptops como dispositivos diferentes para situações diferentes. “Eu geralmente uso um Mac no trabalho, e uso um iPad em casa”, diz Cook.

É uma estratégia diferente da Microsoft, que unificou o Windows 10 para PCs com ou sem touchscreen, para laptops com processador ARM, e até para o Xbox One.

Com informações: Ars Technica.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados