O Ministro da Economia, Paulo Guedes, deu mais detalhes do imposto sobre pagamentos eletrônicos cogitado pelo governo federal. Em audiência virtual da Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária do Congresso Nacional, ele indicou que o novo tributo serviria para o Brasil se adaptar a serviços como Google e Netflix, que, em sua visão, não são tributados corretamente.
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Paulo Guedes, ministro da Economia (Foto: Edu Andrade/Ascom/ME – 30/06/20)
“O imposto digital é uma coisa para conversarmos à frente. Mas é claro que a economia é cada vez mais digital. Netflix, Google, todo mundo vem aqui, o brasileiro usa o serviço. São muito bem recebidos, são belíssimas inovações tecnológicas, mas ainda não conseguimos tributar corretamente”, afirmou.
Guedes criticou quem compara o imposto sobre pagamentos eletrônicos com a extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que era voltada para transações bancárias. “As pessoas, inadequadamente, por maldade, por ignorância, falam que isso é nova CPMF, mas não há problema, o tempo é senhor da razão”, disse o ministro, ainda na audiência.
Ele voltou a afirmar que o governo estuda criar um imposto de 0,2% e alegou que essa alíquota não prejudicaria os mais pobres. “Parece que há muita gente que não quer deixar as digitais em suas transações, escondidos atrás do pobre. Se você pegar o pobre que ganha R$ 200 de Bolsa Família e falar que há imposto de 0,2%, são R$ 0,40. Qualquer aumento que você der no Bolsa Família de R$ 10, R$ 20, R$ 30 já tirou [o pagamento do imposto]”.
Segundo o ministro, as pessoas com mais renda são quem mais usam serviços eletrônicos. “O rico é quem mais faz transação, é quem mais consome serviço digital, serviço de saúde, serviço de educação, lancha, barco, caviar, e está isento, se escondendo atrás do pobre”.
Governo já considera imposto de 0,4%
Apesar de Guedes ter afirmado que o imposto sobre pagamentos eletrônicos seria de 0,2%, o governo já trabalha com a possibilidade de uma alíquota de 0,4%, o que, nas projeções do Ministério da Economia, garantiria arrecadação anual de R$ 240 bilhões. O valor serviria para desonerar a folha de pagamento das empresas em até 25% e financiar o Renda Brasil, programa social que pode substituir o Bolsa Família.
A proposta não está presente no projeto de reforma tributária do governo federal, que foi apresentada ao Congresso em julho. O projeto do imposto digital será apresentado separadamente e, segundo Guilherme Afif Domingos, assessor especial do Ministério da Economia, deverá ser levado aos parlamentares ainda este mês.
Com informações: Agência Brasil.
Comentários da Comunidade
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vai socar esse imposto junto com o ozônio no fiofó do cidadão??
parabéns aos envolvidos, melhor jair se acostumando.
VAI PRA P*TA QUE TE PARIU! Velho desgraçado!
E por ai vai, em outro momento foi 0,2%, agora o discurso é 0,4%, daqui a pouco está em 1% e nem percebemos.
Parabéns para todos que votaram neste governo super inteligente. #SQN
Esse governo é o maior exemplo prático do ditado de que não há nada de ruim que não possa piorar
Engraçado que ñ apareceu nenhum defensor do governo nessa postagem. Rs
Mas falando sério, ñ tem como levar sério esse Guedes.
Recomendo o povo entupir a caixa de entrada dos senadores e deputados para barrar esse novo imposto quando o governo enviar o projeto.
Se não é pra afetar o pobre então que cobrem esse imposto só sobre transações acima de um determinado valor, sei lá, 200 ou 300 reais, o pobre não fica fazendo compras desse valor toda hora e não engessa a evolução do pagamento digital, que precisa que a transação de baixo valor seja o mais barata possível, beirando o gratuito sempre que for possível.
Pra mim se cobra sobre qualquer pagamento eletrônico é a nova CPMF sim, volta a paga tudo em dinheiro.
Assim, dentro da ideia que os impostos pra Google e Netflix precisam ser “equivalentes” a outras coisas no Brasil, a criação de um imposto não seria totalmente errada. Se um é taxado, todos são taxados.
Se eu concordo com isso: com certeza não. Mas dentre as regras dos sistema econômico, de certa forma faz sentido.
Porém isso está sendo feito da maneira mais porca possível. Se for pra fazer, que seja o IBS que é próximo do modelo americano.
Pode ser que alguns serviços estejam sendo tributados de forma incorreta mesmo (apenas ISS, quando caberia uma fatia pro governo federal). Mas agora taxar todas as transações me parece um retrocesso, imagine vc quer transferir dinheiro para um amigo e tem esse imposto maldito? Quer pagar no cartão e tem esse imposto? Vai fazer com que as pessoas prefiram usar dinheiro novamente, por menor que o imposto seja. E uma vez criado, ninguém controla mais a porcentagem desse imposto. É um precedente que não deveria ser aberto, ou ao menos não dessa forma!
Isso me lembrou uma antiga presidente que falava de dobrar a meta
E o mais irônico (ou intencional) é o lançamento do pix na mesma época dessa discussão
Engraçado que taxar grandes fortunas nem é cogitado.
Não tá fácil ser brasileiro, você é feito de palhaço cada dia mais.
Simplesmente vai fazer com que a Netflix e a Google saiam do país, ou, pelo menos, limitem suas atividades aqui. Impressionante a incapacidade desse apedeuta em alavancar a economia
Sair?
Duvido.
No máximo vão aumentar os preços.
Mds, o ministro da economia acha que RICO é quem assina netflix e etc? realidade: todos pobre assina isso pra pelos menos ter o que ver. rico é ele e a gangue bozo, a gente so tenta aproveitar
Basta passar a cobrar em USD no cartão internacional.
Deixa de estar sujeito a tributação brasileira e o consumidor passa a pagar pela cotação louca da moeda americana mais o imposto federal (IOF).
Nossa, eu realmente não esperava mais uma burrice desse governo.
Paulo Guedes fala muito e faz pouco, não conseguiu privatizar nada e nem fazer uma reforma decente.
Só decepção.
Um amigo meu, que é economista, me explicou um dos motivos de os governos no geral não taxar grandes fortunas, ele disse:
“Então, a grande massa da população não entende que, 80% da riqueza está na mão de 10% das pessoas de um país (ele não citou fontes), se o governo começar a taxar as grandes fortunas, o que acontece é que eles tiram o dinheiro do país e vão pra outro país, até porque são pessoas que podem fazer isso, pobre não consegue nem tirar férias direito, falando de Brasil. E o que era ruim, se torna pior, fora outros fatores como a corrupção, etc”.
Acho que o problema do Brasil, é que ele começou errado e ninguém tentou corrigir isso quando dava.
RT @pauloguedesbot: 190 trilhões com taxa de streaming.
Taxar grandes fortunas não ia adiantar de nada.
Pra começar, o valor obtido iria ser irrisório. Você até deixaria o rico menos rico, mas o pobre ficaria ainda mais pobre.
Capitalismo não é perfeito, mas é estável.
Fora que o colega acima mencionou: eles iriam poder tirar o dinheiro daqui e investir em outros países. Simplesmente quebraria o Brasil.
Se pergunte: por que paraísos fiscais são nações financeiramente estáveis?
0,4%? Acho que não, heim… mas é provável que o imposto venha em dobro pro cliente… hahaha
No plano mais caro, de 45,90/mes, um imposto de 0,4% (se repassado de forma igual) aumentaria para 46,09/mes. Literalmente não dá nem 20 centavos, dá 18,36 centavos.
Perder 100% do lucro e investimentos já realizados que já estão tendo retorno por causa de 0,4% de imposto? Humrum. Só se a empresa tivesse uma administração tipo super retardada…
Esse imposto seria de grande utilidade se realmente fosse 100% usado para o que eles dizem que iria ser… mas todos sabemos onde parte dele vai acabar de fato…
Parabéns pra quem “votou no guedes e não no biroliro” pq ele é “liberal”
que tal cobrar esse imposto (arrecadação) sobre os lucros e dividendos dos mega ricos (os capitalistas)?
Guedes é realmente muito liberal (capitalista). Coloca o pobre p/ pagar a conta do rico…
Não tem que cobrar imposto sobre fortuna, nem sobre dividendos e nem criar novos, o Brasil não precisa de mais imposto, qualquer governo que se preze ou taxa a renda ou o consumo, no nosso pais fazemos os dois, o que precisa é tomar vergonha na cara e fazer uma reforma na carreira do servidor publico e benefícios políticos, Brasília é cheio de concurso publico de “nível” ensino médio pagando 5 ou 6 mil de salário, outros concursos tem salário inicial de 20 mil e você atingi o teto de 39 mil depois de uns 6 anos de trabalho, deputado tem verba indenizatória na casa dos 100 mil e nem precisa justificar e ainda pode ter 25 assessores, senadores tem gasto ilimitado e vitalício com despesas medicas para ele e toda a família, nós podemos arrecadar 1 trilhão de reais de imposto sempre vai faltar dinheiro.
Classe mérdia que apoiou isso aí agora tem que bater palmas, se acham ricos, mas não podem ficar sem trabalhar 2 meses que morrem de fome.
Quem acreditou que um senhor que vive do Estado desde os 18 anos e colocou a família INTEIRA para mamar nas tetas seria um liberal? Liberal na economia e conservador nos costumes, é isso? NUNCA me enganaram!
Enquanto isso Itaú, Bradesco e cia estão numa crise SEM PRECEDENTES lucrando apenas 4 bilhões no TRIMESTRE.
Exato. Pra ricos um país funciona igual imóvel alugado. Se você resolve cobrar 10x mais de aluguel de um inquilino de uma hora pra outra, ele simplesmente se muda.
O que vocês acham que acontece se começar a ser anunciado que o governo estuda propor taxação pesada de grandes fortunas? Na mesma hora o capital (e possivelmente até empresas inteiras) compram o boato e começam a migrar pra países mais atraentes.
Não privatizou nada? Vendeu a BR Distribuidora pelo valor que ela dava em lucro anual.
A questão desse imposto sobre pagamento online é que ele recai sobre toda a cadeia.
Então vai ficar mais caro pagar fornecedor, funcionário, contas, etc.
Coloca 0,4% em todos esses pagamentos da cadeia e vai repassando até chegar no fim da cadeia, que é o consumidor final, e o aumento pode começar a ficar um pouco mais expressivo.
Se for aumentar imposto para desonerar meia dúzia de empresários, que não irão repassar a redução nos custos ao consumidor, e financiar esmola eleitoral ainda maior, é melhor deixar como está mesmo. Diminuir os gastos com máquina pública o governo não quer.
Esse economista é burro!
Quando se taxa grandes fortunas não é o que já esta na CONTA.
É o que vem!
Ex: Tem empresa X e ela gera lucro de N. Então se taxa parte do lucro.
O cara NUNCA vai vender essa empresa e mandar pra qualquer outro lugar.
Ela nunca vai ter o mesmo lucro, e em outros lugares os impostos são mais altos exatamente sobre a RENDA.
Ou de quem recebem um valor X. É sobre este valor recebido que se cobra.
A pessoa não vai embora do seu emprego para ser mais taxada fora a não ser que ganhe mais!
Mas lá fora ganhando mais é mais taxado.
Se ganha uma herança, parte da herança é taxada.
Se o cara pensa que é esperto e manda essa grana pra outro lugar.
A taxação lá será maior.
Não tem esse pensamento do teu amigo “economista” ter algum sentido.
A taxação aqui será de 1%
Veja qualquer pais é bem mais que isso.
A maior parte dos grandes ricos não tem dinheiro, tem ações. E terá que vender(pagando imposto)
Mandar pra fora(pagando imposto)
E manter em algum lugar fora(pagando imposto mais alto que do Brasil)
Seria burrice tirar daqui pagando 1 para pagar 4 ou mais fora.
Nosso problema é a taxação no lugar errado. A gente taxa sobre produção!
O que torna os produtos caros.
OBS: Só se pensará em sair do Brasil se a taxação for uma marretada enorme. Que compense ir pra outro lugar.
Taxar as grandes fortunas não precisa ser uma pedrada de uma vez só, com uma taxa alta, porque não começam com esses 0,4% que querem cobrar do pobre? Depois vai ajustando, e assim não desequilibra o mercado nem gera uma debandada.
Sem falar claro, deveríamos começar as reformas financeiras pelo legislativo e judiciário, porque juiz tem 2 meses de férias? Porque se paga auxilio moradia pra deputados e senadores?
Tem muita coisa ai pra cortar que pode não ser muito dinheiro, mas mostra que estão fazendo um trabalho sério.
Bem por ae mesmo.
Como comentei em outro post, não precisamos aumentar impostos. Bastava reorganizar a estrutura de arrecadação. Distribuir de maneira inteligente e mais transparente.
Esses impostos embutidos tornam fácil esses aumentos, é algo que passa despercebido. Está na hora de separar o imposto da mercadoria/ serviço … Duvido que se as pessoas tomassem consciência de quanto pagam realmente de impostos, deixariam barato esses abusos.
Não precisa aumentar! Precisa reorganizar! Perfeito
Não é bem assim. O Brasil tem dificuldade de trazer empresas justamente pela complexidade da taxação e da quantidade. Colocar mais um imposto seria um impeditivo.
Na verdade já estamos há algum tempo tendo empresas que estão deixando o país por esses motivos.
Por isso reorganizar é o certo. Se tira os impostos da produção e manda pra outro lugar.
Como o IVA Assim simplifica tudo!
o “pobre” que é referido no texto, vai comprar um livro. daí ele gostaria de fazê-lo pela Internet.
Mas a mensalidade subiu, por conta do novo imposto… ok, vamos relevar
Daí o “pobre” acha o livro em um pequeno e-commerce. E-commerces pequenos não tem PCI para transações de cartão de crédito, logo recorre a um gateway de pagamento. Então a compra do “pobre” vai ser taxada pelo seu ato da compra, e novamente sobretaxada pelo gateway.
Além disso, tem o frete, eletronico, tbm taxado…
ou seja, inviabilizou o e-commerce pequeno, e a compra do “pobre”!
parabéns aos envolvidos.
O Guedes no começo se mostrou ser um cara Liberal e de boa intenção, e no fim, está na mesma derrocada do Governo. Mais um populista, pró-Estado e bandido, igual os anteriores.
Incrível que a cada dia que passa, Bonoro se parece com Lula e sua corja. Nosso país tá mto ferrado mesmo.
Quão mais expressivo?
Acho que meu amigo, que de fato é formado em economia e atua na área, explicou de maneira pra um leigo como eu entender de forma rápida. Eu sei que não é tão simples esse lance de taxas, impostos, renda, etc. Ainda tem o fator corrupção que ninguém coloca nessa equação, e é aí que, em minha opinião, é onde mora a revolta de criar mais impostos.
Eu tive que fechar minha empresa de Foto e Vídeo por que eu pagava em torno de 43% de impostos (juntando tudo Federais/Estaduais). E nem coloquei na conta os impostos que eu pessoa física ainda tinha que pagar.
Amigos meus que fecharam seus negócios e foram abrir fora do Brasil, e lá estão até hoje. Eu só não fui (ainda) porque não tenho condições financeiras pra isso.
Se a taxa lá fora é mais alta, a pergunta que eu faço é: Porque o juros do cartão de crédito é em torno de 400%/ano no Brasil, e lá fora é 15%/ano?
Porque quando vou comprar uma casa financiada aqui no Brasil eu pago 2,5x o valor da casa e lá fora eu pago 0,5x a mais?
Porque um Camaro custo 250 mil reais aqui no Brasil e lá fora ele custa 18 mil dólares?
Porque um iMac Pro custa 60 mil reais aqui e lá fora custa 5 mil dólares?
Prefiro então pagar “mais” lá fora do que “menos” aqui no Brasil.
A conta não fecha, e o que fecha muitas vezes são as empresas, vide, FNAC.
Pagamos imposto de países da Europa (que são altos) e temos serviço de terceiro mundo, ou seja, você paga em um carro popular o preço de um carro de luxo lá fora.
Aí você paga imposto pra ter saúde pública e não tem, aí quem pode pagar nesse caso, corre para plano de saúde, mas nem sempre a família que paga o plano de saúde se dá conta que ela ta pagando a saúde 2x, porque o imposto da saúde vai ser descontado ela querendo ou não.
E esse é um dos motivos que o Brasil não vai mudar, o sistema político brasileiro foi feito pros caras se darem bem lá em cima. É revoltante pra mim, ver um cara se matar de estudar Direito, sei lá, por 4 a 5 anos, estudar leis que pessoas que nem tem o segundo grau fizeram.
Eu concordo com meu amigo economista, taxar grandes fortunas, só vai criar mais um problema e não vai resolver.
Tá estranho a parte que se tu financiar tu paga 50% da casa. Se for 50% a mais, até vai. Mas não sei de qual pais tu tá falando, porque lá fora é lindo tbm…
Acho que essa frase está com sentido contrário do que tu quis dizer.
É que o Brasil é um pais de rico. :I
Todo mundo pode pagar mais caro nas coisas.
Daí vai depender da cadeia.
Mas é pouco provável que o aumento seja de apenas 0,4%.
Aumento desse valor provavelmente nem comprando direto com o fazendeiro da vaquinha feliz. A não ser que o fazendeiro da vaquinha feliz seja auto-suficiente e produza sem precisar comprar nada.
Mas vamos fazer um malabarismo mental aqui com uma cadeia produtiva imaginária e com um monte de brecha pra criticar.
Fazendeiro auto-suficiente vende o excesso de leite por R$1 o litro.
Uma fábrica pequena de queijo compra o leite desse fazendeiro. O preço que ele vai pagar é de R$1,004 o litro. Vamos supor que ele compre 100 litros pra facilitar. O que era R$100 passa a ser R$100,40. Mas tem o frete também, mas vamos considerar que é a fábrica que vai buscar com frota própria pra facilitar.
Com esse leite a fábrica produz queijo. Com 100 litros de leite a fábrica produz, sei lá, 20 kg de queijo prato.
Pra produzir o queijo a fábrica precisa gastar energia, outros insumos e trabalho. O pagamento de todos esses insumos aumentou em 0,4% também. Fazendo um chute e arredondando tudo pra facilitar a vida, vamos falar que pra produzir os 20kg de queijo a fábrica gastava R$135 com cada insumo. Com o aumento, passa a gastar R$135,54 pela energia e trabalho. Pros outros insumos o aumento vai ser maior porque tem os R$0,54 do produto mais 0,04% a mais do preço do frete. Vamos facilitar e dizer que o frete vai aumentar em R$0,16.
Então o custo anterior era de R$505 pra produzir 20kg de queijo prato. Agora passa a ser R$507,18. Aumentou R$2,18.
Daí a fábrica vende a peça de 20kg de queijo pro supermercado/varejo. Antes a fábrica vendia a peça por R$565,50 pra ter um lucro de 10% e os outros R$10 é o frete.
O frete vai passar a ser R$10,04, então pra manter os 10% de lucro, o preço do queijo vai ter que ser R$507,18+10,04+0,1*507,18=R$567,94. Um aumento de R$2,43.
Esse queijo vai pro varejo que revende a peça inteira pra lanchonetes. Antes comprava por R$565,50 e revendia por R$594 pra conseguir 5% de lucro. Agora, pra manter o lucro, vai revender por R$597, um aumento de R$3 (sim, eu arredondei pra cima os valores aqui, mas vamos supor que o valor excedido no arredondamento é pra compensar os aumentos que o varejo vai ter com o tributo que vai afetar o pagamento das contas de luz, água, funcionário, telefone, etc, etc, etc e que vai ser diluído no preço de todos os produtos que ela vende).
A lanchonete agora paga R$3 a mais por peça de queijo.
Mas a lanchonete também vai ter um aumento com gastos de água, luz, telefone, internet, funcionários E todos os outros produtos que ela compra. Vamos supor que todos os insumos aumentaram em R$3 pra facilitar.
Vamos supor que ela venda sanduíche que vai pão, tomate, alface, carne, ovo e queijo.
São 6 ingrediente mais 5 insumos que aumentaram em R$3, o que totaliza um aumento de R$33. Agora tem que diluir esse valor na quantidade de sanduíches que a lanchonete consegue fazer com a quantidade de insumo que teve o aumento de R$3 (por exemplo, foram 20kg de queijo que aumentou R$3, mas pode ser que o pacote de 50 pães que tenha aumentado R$3 e você provavelmente faz mais de 25 sanduíches com 20kg de queijo…acho…tá, depende de quem tá fazendo ).
Com isso você consegue ver muito mal e porcamente (mas muito mesmo), quanto que vai aumentar pro cliente final.
Fora Boçal e Guedes, antes que o dólar chegue a 6 reais!
O problema é que o mega empresario não paga isso, tem N facilidades de isenção de impostos, seja desoneração da folha de pagamento, isenção de IPTU, redução de ISS e por ai vai, sem falar na facilidade em pegar dinheiro subsidiado.
Tu acha que essa proposta do Guedes de desonerar folha de pagamento vai ser pro micro empreendedor ou pro mega?
Vixi, se tu está esperando que o dolar volte à um patamar decente no meio da pandemia que o povo insiste em querer prolongar porque é lesado demais pra usar mascara, vou te dar uma péssima noticia… hahaha
Se tem algo que não existe é imposto provisório. Uma vez adicionado, mais fácil aumentar que cortarem.
não é assim tão preto no branco.
grande parte desses investimentos são imobilizados. não dá p/ simplesmente colocar uma fábrica na mala e ir embora.
1 mês depois, cá estamos com um exemplo prático de que dá sim:
Boa sorte à nossa vizinha Argentina.
Me desculpe amigo, mas só caiu nesse papo de liberal quem era inocente ou bu***.