Entregadores recebem multas após ato contra apps de delivery

SindimotoSP menciona multas de quase R$ 6 mil a entregadores que estiveram em ato contra apps como iFood, Rappi e Uber Eats

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Paralisação de entregadores de iFood, Rappi e Uber Eats em São Paulo (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas - 01/07/20)

A manifestação do dia 14 de julho contra empresas como iFood, Rappi e Uber Eats resultou em multas de quase R$ 6 mil para alguns entregadores. O SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo) foi informado sobre casos de ao menos quatro motociclistas que foram autuados pela Polícia Militar enquanto participavam do ato.

Segundo o UOL, que divulgou a informação, os entregadores afirmam que policiais usaram as multas como forma de intimidação. Já a PM alega que eles foram autuados devido à obstrução de via. Este é o caso de dois motociclistas que receberam multa de R$ 5.869 e tiveram a CNH (Carteira Nacional da Habilitação) suspensa. Eles afirmam que não cometeram infração e que apenas estacionaram as motos em frente ao sindicato.

Outro entregador relatou ter sido autuado no mesmo dia por “usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto”, o que levou a multa de R$ 88. Ao UOL, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou ter aplicado 76 multas nas manifestações dos motociclistas em julho. De acordo com o órgão, apenas duas aconteceram por obstrução de via. A maioria, 65%, foi emitida por “segurar ou manusear celulares na direção do veículo”.

O SindimotoSP afirma que enviou ofício para informar autoridades sobre o horário e o local onde a manifestação começaria, além de qual trajeto seria realizado. Para a entidade, as multas representam uma violação ao direito de reunião e manifestação dos entregadores e poderiam ter sido evitadas se a Polícia Militar e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tivessem organizado o trânsito.

O ato dos entregadores em 14 de julho começou na sede do SindimotoSP, na Avenida dos Bandeirantes, e se dirigiu à Câmara Municipal e ao Tribunal Regional do Trabalho. Além dele, a categoria realizou manifestações em São Paulo nos dias 1º e 25 de julho. Nas três, os trabalhadores reivindicaram melhorias como um valor mínimo por corrida unificado para todas as plataformas e o reajuste no valor do quilômetro percorrido durante entregas.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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