Sim, carros autônomos podem andar milhares e milhares de quilômetros sem registrar qualquer acidente e levar ceguinhos para um restaurante sem maiores problemas. Mas o pessoal da Universidade de Stanford resolveu levar a brincadeira a um patamar superior ao colocar um carro inteligente para andar forte em um circuito fechado, com direito a atingir mais de 200 km/h no final de uma reta.
Batizado de Shelley, o Audi TTS da universidade já havia feito sua estreia no mundo das competições automotivas em 2010, quando fez uma participação simbólica na tradicional prova de Pikes Peak.
Agora no circuito de Thunderhill, na Califórnia, o carrão teve que pisar fundo de verdade, atento às tomadas de curvas, pontos de frenagens e outras preocupações comuns aos pilotos de carne e osso.
“Uma das coisas que o carro faz muito bem é calcular o ponto exato da pista em que deve começar a frear, virar o volante e voltar a acelerar”, explica Cris Guerdes, um dos engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento de Shelley. “O traçado tem 15 curvas, e cada uma é bem diferente da outra. Algumas são de alta velocidade, e outras são curvas fechadas no final de grandes retas (…) cada uma delas representa um desafio diferente para o carro”, explica o engenheiro.
Apesar de tamanha audácia, a própria universidade reconhece que um bom piloto de carne e osso poderia andar “um ou dois segundos mais rápido” com um carro igual à Shelley. Um avanço e tanto, já que em 2010 o mesmo carro completou a prova de Pikes Peak em longos 27 minutos, contra 17 minutos do modelo vencedor.
Tecnologia à parte, fica a dúvida: quem quer um carro esportivo que faz as coisas sozinho, enquanto a graça da coisa é exatamente a pilotagem em si? De qualquer maneira, te cuida, Fernando Alonso.
Com informações: Motor Authority.