Microsoft recebe ordem do Google para remover aplicativo do YouTube da Windows Phone Store

Google alega que aplicativo feito pela Microsoft bloqueia anúncios do YouTube

Paulo Higa
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• Atualizado há 5 meses

Na semana passada, a Microsoft publicou um novo aplicativo do YouTube para Windows Phone 8, desenvolvido sem a colaboração do Google. A empresa de Mountain View não parece ter gostado muito da ideia: a Microsoft recebeu recentemente uma ordem solicitando a remoção do aplicativo na Windows Phone Store. Além disso, o Google ordenou que a Microsoft desative as cópias já instaladas nos smartphones dos usuários.

Logo que o aplicativo foi liberado, sabíamos que ele daria dor de cabeça, já que um dos recursos era a possibilidade de continuar ouvindo o áudio mesmo com o aplicativo minimizado, algo que vai contra os termos da API do YouTube. Entretanto, segundo o The Verge, que obteve acesso ao documento, o problema é mais embaixo: a Microsoft teria desenvolvido o aplicativo com códigos que bloqueiam a execução de anúncios.

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A carta do Google diz que o aplicativo da Microsoft bloqueia propagandas e permite downloads de vídeos, o que corta uma fonte de receita dos criadores de conteúdo e “causa danos ao próspero ecossistema do YouTube”. Além do mais, o aplicativo desenvolvido pela Microsoft usa o logotipo e o nome do YouTube, o que não é permitido pelas regras de uso de marca do serviço.

O download de vídeos do YouTube, apesar de ser algo bastante comum, não é suportado oficialmente pelo Google. Extensões para Chrome que contam com essa função normalmente são banidas da Chrome Web Store. Alguns desenvolvedores que fazem extensões com o recurso liberam apenas uma versão “lite” na loja de extensões do Chrome e a completa em outro local, para evitar problemas.

O Google pede explicitamente para a Microsoft “retirar o aplicativo da Windows Phone Store e desativar os downloads já feitos até quarta-feira, 22 de maio de 2013”. No documento, o Google se diz “surpreso e decepcionado” porque a Microsoft lançou um aplicativo que prejudica os ganhos dos criadores de conteúdo e adiciona que “os usuários do Windows Phone 8 já têm acesso a um aplicativo do YouTube totalmente funcional desenvolvido em HTML5, através do navegador”.

Se a Microsoft cumprir a determinação do Google e desativar o aplicativo, a solução será acessar o YouTube através do navegador ou apelar para alternativas, como o Metrotube, que custa R$ 1,99 mas está oferecendo, por tempo limitado, uma versão de testes com todos os recursos e sem prazo de expiração.

Não deixe de conferir os próximos capítulos.

Atualização às 20h57: A Microsoft se pronunciou oficialmente sobre o assunto, dizendo que colocaria os anúncios no aplicativo do YouTube se o Google fornecesse as APIs necessárias. “O Google se recusou a trabalhar conosco para desenvolver um aplicativo à altura das versões para outras plataformas”, acrescenta o comunicado.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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