As últimas brechas de seguranças descobertas no Internet Explorer, que vieram à tona depois da ameaça do Google em sair do mercado chinês depois que algumas contas de usuário de ativistas dos direitos humanos foram invadidas por hackers orientais, fizeram com que o Escritório da Segurança da Informação do governo alemão alertasse a todos os navegantes do país que evitassem usar qualquer versão do browser da Microsoft (6, 7, 8 e até a 9, ainda em fase de testes). Em seu comunicado oficial, o escritório governamental diz que navegador foi o “ponto em comum” em todas as invasões ou tentativas de invasões registradas do outro lado do mundo.
O órgão aponta que a própria Microsoft reconhece que seu programa vem apresentando algumas falhas de segurança que podem comprometer a privacidade de seus usuários e recomenda que em seu lugar o navegante prefira programas concorrentes, como o Firefox (atualmente o navegador mais usado por lá), Chrome, Opera e até mesmo do Safari, feito por sua arqui-rival Apple.
Por sua vez, a empresa de Bill Gates se defende afirmando que os riscos para os usuários comuns são “baixos”.
Thomas Baumgaertner, porta-voz da companhia na Alemanha lembra que “os recentes ataques feitos contra o Google tinham alvos certos e motivações bem específicas” e que “não foram registrados ataques contra pessoas comuns em outros pontos do mundo”. “Não existe qualquer ameaça à maioria absoluta dos internautas, e por isso não concordamos com a recomendação do governo”, completou à rede BBC.
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Já especialistas de segurança vêm se mostrando preocupados com a nova falha. “O código que fez com que as máquinas chinesas fossem invadidas já caiu na internet, e a Microsoft ainda não conseguiu lançar uma correção para o problema, o que significa que agora todos são um alvo em potencial”, afirmou o Graham Cluley, da empresa Sophos, à rede britânica.
De qualquer maneira, desde que o caso se tornou público a Microsoft vem pedindo que os usuários dos Internet Explorer ajustem o nível de segurança de seus browser para “alto” além de, claro, pedir que todos mantenham seus sistemas operacionais e antivírus devidamente atualizados. Mas para Cluley, isso pode não ser o suficiente: “Eles ainda estão analisando a primeira versão do malware chinês, enquanto novas versões podem estar sendo criadas”, completa.