Executivos da Apple que se reuniram com analistas do Credit Suisse neste domingo afirmaram que a estratégia de preços do iPad pode ser ainda mais agressiva do que a anunciada em seu lançamento dia 27 de janeiro.
Os rumores iniciais previam que o preço do tablet da Apple ficaria abaixo de mil dólares (o que, como bem notou Steve Jobs, costuma ser o código para US$ 999). O preço inicial de US$ 499 foi uma das maiores surpresas do evento de lançamento. Ainda assim, dissipado o campo de distorção da realidade emanado por Steve Jobs em suas apresentações, logo começou-se a notar que o interesse no iPad não era tão grande quanto a Apple gostaria.
Assim, segundo os analistas, executivos da Apple disseram que o poderiam fazer cortes no preço se o produtos não vender inicialmente tanto quanto eles esperam. “Enquanto ainda há que se ver quanta adesão inicial o iPad terá, a gerência mencionou que [o preço] permanecerá flexível (o preço poderá mudar se a companhia não estiver atraindo tantos clientes quanto esperado),” disse ao Wall Street Journal Bill Shope, analista do Credit Suisse.
Não dá para não lembrar do que houve com o iPhone, que começou a ser vendido por US$ 599 e, menos de dois meses depois, teve seu preço reduzido a US$ 399. O iPad foi anunciado na faixa de US$ 499 a US$ 829, dependendo do modelo. Uma corte de preços, principalmente se viesse poucos dias antes do lançamento poderia dar uma mãozinha para o sucesso desse produto, que teve mais hype antes de ser apresentado ao público do que depois.