Novas contas no Gmail não forçam mais a criação de perfis no Google+

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 3 meses

Seria precipitação afirmar que o Google está se desfazendo do Google+, mas é notável que a empresa já não dá à rede social a mesma prioridade de outrora. No movimento mais recente, a empresa deixou de condicionar o acesso a alguns de serviços, com destaque para o Gmail, à criação de um perfil no Google+.

Desde o início de 2012, a inscrição em uma nova conta no Google levava, invariavelmente, à formação de um cadastro no Google+. O usuário podia não utilizá-la, mas a conta estava lá, exibindo pelo menos o seu nome.

Recentemente, no entanto, alguns usuários notaram que a associação de contas novas ao Google+ deixou de ser obrigatória. O cadastro ainda permite a criação de um perfil na rede social, mas quem não quiser tê-lo pode simplesmente clicar em “No, thanks” ou equivalente em outro idioma.

"Não, obrigado" ou "Criar seu perfil"
“Não, obrigado” ou “Criar seu perfil”

O Google implementou a mudança com o máximo de discrição. A empresa sequer liberou uma nota à imprensa, mas ao menos confirmou a alteração ao blog WordStream e a outros veículos: “atualizamos a experiência de cadastro no início de setembro”, disse um porta-voz da companhia.

A desobrigação de um perfil no Google+ também vale para outros serviços, como já informado, mas alguns permanecem dependendo de uma conta na rede social para dar acesso a determinadas funcionalidades. O sistema de comentários do YouTube é um exemplo.

Mesmo assim, a sensação de perda de relevância é eminente. O primeiro sinal de que as prioridades foram repensadas surgiu em abril, quando o Google anunciou a saída de Vic Gundotra, criador do Google+. A recente alteração no cadastro só reforça esta hipótese.

E tem mais: se os rumores estiverem certos, a próxima e mais impactante mudança pode ser a transformação do álbum de fotos do Google+ em um novo serviço.

Mas perda de importância não significa importância nenhuma. O Google+ pode não ter tantos adeptos quanto o Facebook, por exemplo, mas possui uma base de usuários grande o suficiente para ser mantido.

No final das contas, o Google pode simplesmente ter percebido que adotar medidas para “forçar” a adesão de usuários não é uma estratégia das mais inteligentes.

Com informações: CNET

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