Desde que virou requisito básico, o modo anônimo (privado ou, para as mentes mais férteis, “modo pornô”) pouco evoluiu nos navegadores. Mas o Google pode estar planejando levar a funcionalidade a outro patamar no Chrome: nesta semana, a companhia obteve uma patente que descreve um método de navegação anônima que é ativado automaticamente.

O modo privado impede que evidências do site acessado permaneçam no navegador. Cookies, arquivos temporários, dados de formulários e registro no histórico, por exemplo, não são mantidos. O problema é que a função precisa ser acionada pelo usuário.

Caso o Google decida implementar o método descrito pela patente, a navegação anônima será ativada automaticamente no Chrome quando forem acessados sites que reúnem determinadas características, como uma janela de autenticação segura ou um formulário para preenchimento de dados de cartão de crédito.

A proposta aqui é aumentar a segurança do usuário evitando que dados críticos fiquem armazenados e disponíveis no navegador de alguma forma. Mas a ideia pode ser expandida para, por exemplo, ativar o modo privado automaticamente para as páginas que a pessoa visita regularmente de tal maneira.

Neste sentido, dá ainda para pensar na possibilidade de cadastrar os sites que devem ser abertos automaticamente em abas anônimas.

Mas estamos falando de uma patente (que, a propósito, levou quase quatro anos para ser obtida). O seu registro não garante a implementação – pode ser que o Google esteja apenas protegendo o método.

A companhia, de fato, não manifestou oficialmente nenhum plano de criar um modo anônimo automático para o Chrome, mas como a ideia é mesmo interessante – e, aparentemente, de implementação simples – dá para apostar em algo assim nas futuras versões do navegador.

Com informações: The Next Web

Leia | Como abrir uma guia anônima no Google Chrome pelo PC ou celular

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.