BlackBerry volta a apostar em smartphones sem teclado físico com o BlackBerry Leap
Depois de lançar o inusitado Passport e reavivar as origens com o Classic, a BlackBerry voltou a apostar em smartphones “normais”: a companhia aproveitou o Mobile World Congress (MWC) para apresentar o BlackBerry Leap, aparelho com tela de 5 polegadas que dispensa o teclado físico que virou símbolo da empresa.
As especificações convencem, pelo menos em parte. A tela tem resolução de 1280×720 pixels e 294 ppi. Internamente, há 2 GB de RAM, 16 GB para armazenamento interno de dados e bateria não removível de 2.800 mAh. O processador pode decepcionar um pouco por ser relativamente antigo: trata-se de um Snapdragon S4 (MSM8960) dual-core de 1,5 GHz, o mesmo que equipa o BlackBerry Classic.
O BlackBerry Leap vem ainda com câmera traseira de 8 megapixels, câmera frontal de 2 megapixels, Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 4.0, 3G, 4G, porta micro-USB 2.0 e ranhura para cartões microSD de até 128 GB.
Na espessura, o modelo está dentro da média, contando com 9,5 milímetros. O peso é que talvez esteja um pouco acima do esperado: 170 gramas. O botão de liga / desliga fica na parte superior; os controles de volume, na lateral direita – aqui, a BlackBerry seguiu com a tradição de incluir uma tecla “mute”.
O sistema operacional é o BlackBerry OS 10.3.1, que inclui o BlackBerry Assistant (assistente de voz similar ao Siri ou ao Google Now), o catálogo de aplicativos da Amazon App Store e um teclado virtual que “aprende” como você escreve para corrigir erros frequentes automaticamente ou sugerir as palavras mais usadas.
De modo geral, o BlackBerry Leap pode ser visto como o sucessor do BlackBerry Z10. Não há nada realmente excepcional nele. Mas podemos esperar por novidades mais “chamativas” no decorrer do ano: no MWC, executivos da companhia comentaram rapidamente sobre um aparelho com tela curvada similar ao Galaxy S6 Edge e teclado físico deslizante (imagem abaixo), ainda sem previsão de lançamento.
As vendas do BlackBerry Leap devem começar em abril com preço sugerido na casa dos US$ 275. A expectativa é a de que países emergentes, incluindo o Brasil, sejam os primeiros a recebê-lo, embora ainda não haja informação oficial quanto a isso.