WikiLeaks publica emails e documentos vazados no ataque à Sony Pictures
O final de 2014 foi infernal para a Sony Pictures. A companhia teve computadores invadidos por um grupo que se autodenomina “Guardians of Peace” (Guardiões da Paz) e viu uma série de informações sigilosas vazar. Ainda por cima, a empresa amargou um prejuízo que pode ter passado de US$ 200 milhões. Mas o “pesadelo” não acabou: nesta quinta-feira (16), a WikiLeaks liberou uma lista imensa de emails e documentos relacionados ao ataque.
Para ser exato, o acervo contém 173.132 mensagens e 30.287 documentos. Para “navegar” entre os arquivos, é necessário utilizar os mecanismos de busca que a WikiLeaks oferece.
A compilação contém principalmente emails trocados com Amy Pascal. A executiva era vice-presidente da Sony Pictures, mas renunciou ao cargo em fevereiro, pouco mais de dois meses depois do ataque.
O motivo? Muitas das mensagens de Pascal a deixaram em uma situação delicada. Só para você ter um exemplo, em um dos emails, a executiva reclama de ter que participar de um “estúpido” café da manhã com o presidente Barack Obama.
este acervo mostra o funcionamento interno de uma multifuncional influente e que está no centro de um conflito geopolítico
Mas esse caso é apenas uma gota d’água no oceano. Os arquivos são tão numerosos que conseguem revelar vários aspectos da cultura corporativa da Sony Pictures. O próprio Julian Assange (líder da WikiLeaks) destacou no comunicado oficial que “este acervo mostra o funcionamento interno de uma multifuncional influente e que está no centro de um conflito geopolítico”.
A Sony Pictures não demorou para se manifestar sobre o assunto. Em nota, a companhia frisou que o ataque foi um ato criminoso intencionado e condenou “energicamente” a decisão da organização de liberar publicamente os arquivos. “De forma alguma concordamos com a afirmação da WikiLeaks de que o material é de domínio público”, diz outro trecho do comunicado.
Com informações: Engadget, Reuters