Você nem lembrava que ele ainda existia, mas agora é “oficial”: o Blogger Brasil, administrado pela Globo.com, será totalmente desativado em julho. Ele foi um dos maiores serviços nacionais de hospedagem de blogs no início dos anos 2000 e até então era a única versão específica de um país do Blogger internacional, hoje de propriedade do Google.

No próximo domingo (31), as páginas de administração do Blogger Brasil serão desativadas e os blogs não poderão mais ser atualizados. Os proprietários poderão fazer backup das publicações durante todo o mês de junho. Finalmente, no dia 1º de julho de 2015, o serviço será desativado e todos os antigos blogs sairão do ar.

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A decisão não afeta os blogs hospedados no Blogger do Google, sob o domínio blogspot.com, já que se tratam de serviços diferentes. O Blogger foi lançado em 1999 pela Pyra Labs e, em 2002, foi reescrito para ser licenciado por outras empresas (como o Grupo Globo). Um ano depois, a Pyra Labs foi comprada pelo Google, mas a Globo.com manteve os direitos de uso da marca no Brasil.

A Pyra Labs, aliás, teve Evan Wiliams como um dos cofundadores — sim, aquele cara que também foi responsável pelo lançamento do Twitter e do Medium.

Um artigo de março de 2004 do Observatório da Imprensa, que noticia os problemas de hospedagem do serviço, é uma bela volta ao tempo na história dos blogs. Na época, suportar imagens era um grande diferencial do Blogger Brasil (!), que limitava o tamanho dos blogs dos não assinantes da Globo.com em míseros 10 MB. Um blog com “expressiva audiência“ tinha 200 visitas diárias.

Dica do Ricardo Fraga no Twitter.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.