Crise econômica: vendas de smartphones caem no Brasil pela primeira vez

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

O mercado brasileiro de smartphones teve queda nas vendas pela primeira vez na história. O resultado é reflexo da crise econômica que o Brasil enfrenta, segundo a IDC, que registrou diminuição de 16% no número de aparelhos vendidos em maio, em comparação com o mesmo período de 2014.

As fabricantes venderam 4,86 milhões de unidades em abril e 3,89 milhões em maio (quedas de 1% e 16%, respectivamente). Pelas estimativas da consultoria, que ainda não divulgou os números relativos ao mês de junho, o segundo trimestre de 2015 deve registrar diminuição de 12% nas vendas. Maio e abril são meses considerados bons para as vendas, por causa da proximidade com o Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Segundo a IDC, um dos principais fatores para a queda nas vendas foi a variação cambial, que aumentou os preços dos smartphones: “A alta do dólar gerou repasses de preços ao consumidor e os aparelhos intermediários ficaram de R$ 30 a R$ 60 mais caros e os tops de linha tiveram aumento de R$ 100 a R$ 200, afetando diretamente o volume de celulares comercializados”.

A queda nas vendas de smartphones significa que “os canais de varejo e de distribuição estão com estoque de produtos lotados” e que “as operadoras estão reduzindo o volume de compras de aparelhos”, de acordo com a consultoria. O contraste com os anos anteriores é bastante visível: no segundo trimestre de 2014, o mercado brasileiro de smartphones havia crescido 56% (!) em relação a 2013.

Para 2015, a previsão é que sejam vendidos 54 milhões de smartphones — menos que os 63,5 milhões estimados anteriormente pela consultoria.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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