Todas as novidades que o Google apresentou hoje

Smartphones Pixel, Chromecast com suporte a 4K, roteador wireless, óculos de realidade virtual e mais

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 ano e 5 meses
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O Google organizou um evento em San Francisco nesta terça-feira (4) para anunciar suas novidades de hardware. Como apontavam os rumores, a empresa oficializou uma nova linha de smartphones, chamada Pixel, além de ter revelado um Chromecast com suporte a 4K, um roteador wireless e até óculos de realidade virtual. Todos os detalhes estão nos próximos parágrafos.

Resumo para preguiçosos

Tem pouco tempo? Tudo bem, aqui vai um resumão para você ler em 1 minuto:

  • Pixel: dois tamanhos (5 e 5,5 polegadas) com hardware de topo de linha, incluindo Snapdragon 821, 4 GB de RAM, armazenamento de até 128 GB e câmera de 12,3 megapixels que promete ser a melhor do mercado, segundo o DxOMark. Design de iPhone e preço de iPhone (US$ 649 pelo modelo mais básico), mas roda Android 7.1.
  • Daydream View: são os óculos de realidade virtual compatíveis com o Pixel. Têm controle remoto e funcionam como o Gear VR (o smartphone é acoplado ao headset), mas são 30% mais leves devido à carcaça de tecido. Preço: US$ 79.
  • Google Wifi: roteador “modular” do Google, que permite expandir facilmente o sinal de casa. Controlado por aplicativo e custando US$ 129 (uma unidade) ou US$ 299 (três unidades).
  • Chromecast Ultra: suporte a 4K, conexão wireless ou Ethernet e custando o dobro do preço do modelo atual (US$ 69).
  • Google Home: o mesmo que você já conheceu em maio, agora com o preço anunciado: US$ 129.

Evento ao vivo

O evento foi transmitido ao vivo pelo Google:

Pixel

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Pixel é o nome do smartphone projetado pelo Google. Ele traz corpo de alumínio com detalhes em vidro e um leitor de impressões digitais na traseira, semelhante ao Nexus 6P. É o primeiro aparelho com o Google Assistant, assistente pessoal que entende linguagem natural e responde perguntas: ele pode fazer reservas em restaurantes, encontrar um destino no mapa ou reproduzir um vídeo no YouTube, por exemplo.

O Google deu atenção especial à câmera de 12,3 megapixels do Pixel. Em testes, o DxOMark atribuiu nota 89 ao smartphone do Google, a mais alta até o momento, acima de aparelhos como Galaxy S7 Edge (88) e iPhone 7 (86) — e bem acima dos antigos Nexus 6P (84) e Nexus 6 (78). Para destacar a câmera, o Google está oferecendo armazenamento ilimitado de fotos e vídeos no Google Fotos com resolução original para todas as fotos tiradas com o Pixel.

Aproveitando uma das novidades do Android 7.1 Nougat, o Pixel receberá atualizações de sistema automáticas — elas serão baixadas e instaladas em segundo plano, mais ou menos como já acontece com o Chrome. O aparelho está preparado para o headset de realidade virtual Daydream View e possui carregamento rápido de bateria pela conexão USB-C, que promete até 7 horas de autonomia com apenas 15 minutos na tomada.

Ele será vendido em dois tamanhos: 5 polegadas (Pixel) ou 5,5 polegadas (Pixel XL), ambos com painel AMOLED e hardware bem parecido. O Pixel traz o que esperamos de um smartphone topo de linha:

  • Tela: 1920×1080 pixels (Pixel) ou 2560×1440 pixels (Pixel XL), ambos com Gorilla Glass 4 e vidro 2,5D;
  • Processador: quad-core Snapdragon 821 de 2,15 GHz;
  • RAM: 4 GB LPDDR4;
  • Armazenamento: 32 ou 128 GB (nada de entrada para microSD, como de costume);
  • Câmera traseira: 12,3 megapixels (sensor Sony IMX378) com lente de abertura f/2,0 e foco auxiliado por laser;
  • Câmera frontal: 8 megapixels (sensor Sony IMX179) com lente de abertura f/2,4 e foco fixo;
  • Bateria: 2.770 mAh (5 polegadas) ou 3.450 mAh (5,5 polegadas);
  • Conectividade: USB-C, Bluetooth 4.2, NFC e conector de 3,5 mm para fones de ouvido (yay!).
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Mas não espere o preço agressivo dos velhos Nexus: o Pixel mais barato será vendido nos Estados Unidos por US$ 649, mesmo valor cobrado pelo iPhone 7 mais básico. Disponível nas cores preta, azul e prata, ele será comercializado também no Reino Unido, Austrália, Canadá e Índia.

O Google ainda não informou se os aparelhos serão lançados no Brasil, mas é bom não criar expectativas: embora a empresa não tenha revelado durante a apresentação, é provável que a fabricante por trás do Pixel e Pixel XL seja a HTC, que saiu do mercado brasileiro de smartphones em 2012.

Daydream View

Uma das novidades do Nougat é o Daydream, plataforma de realidade virtual do Android. E a empresa anunciou seus primeiros óculos de realidade virtual: é o Daydream View.

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Custando US$ 79, o Daydream View tem funcionamento semelhante ao dos concorrentes, como o Gear VR, exigindo que você acople um smartphone ao headset (os únicos aparelhos suportados são o Pixel e o Pixel XL). A principal diferença é que os óculos de realidade virtual do Google são até 30% mais leves, graças a uma carcaça inspirada em tecidos de roupas.

O Daydream View traz um controle remoto para interagir com a interface de realidade virtual do Google, os aplicativos de Android e os jogos adaptados ao Daydream: você pode assistir a vídeos em 360 graus, jogar golfe ou entrar numa pista virtual de boliche, por exemplo.

Google Wifi

O Google também confirmou seu próprio roteador, chamado simplesmente de Google Wifi. O design é tão simples quanto o funcionamento: o roteador é controlado por meio de um aplicativo para smartphone e adota um conceito “modular”, no qual você pode espalhar vários pela casa para aumentar o alcance do sinal de maneira prática.

Uma casa pequena (nos padrões do Google, isso significa até 139 metros quadrados) pode ser atendida por apenas um Wifi, enquanto uma casa grande (279 a 418 metros quadrados) precisaria de três equipamentos. Quem quiser um roteador do Google terá que desembolsar US$ 129, e a empresa venderá kits de três unidades por US$ 299.

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O aplicativo do Google Wifi permite que você compartilhe sua senha com amigos, veja quais dispositivos estão conectados e priorize o tráfego para melhorar o desempenho da rede. Para residências com crianças, é possível restringir o acesso à internet dos dispositivos utilizados por seus filhos na hora de dormir ou comer.

Chromecast Ultra

O Chromecast recebeu uma bela atualização, mas será bem mais caro que a geração anterior: ele será vendido por US$ 69, quase o dobro dos US$ 35 cobrados pelo modelo atual.

Ao pagar o dobro do preço, o usuário terá suporte a streaming de vídeos em 4K, HDR e Dolby Vision. Talvez seu roteador não consiga lidar muito bem com streaming em altíssima definição na rede Wi-Fi, por isso, o Google incluiu um adaptador de tomada com porta Ethernet, para você conectar o Chromecast Ultra pelo cabo de rede.

Google Home

O Google Home é o gadget que centraliza a sua vida no Google Assistant, bem parecido com o Amazon Echo. Trata-se de uma caixa de som inteligente que responde às suas perguntas, marca compromissos, controla os dispositivos da casa (como lâmpadas inteligentes) e faz streaming de música (por enquanto, os serviços suportados incluem Play Música, Spotify, Pandora, TuneIn, YouTube Music e iHeartRadio).

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Ele está integrado aos inúmeros serviços do Google, portanto, você pode perguntar algo como “Ok Google, what is ‘I’m allergic to shrimp’ in Portuguese?”, e o gadget irá responder “Sou alérgico a camarão”. Caso você tenha um Chromecast conectado ao assistente pessoal, é possível pedir que o Google Home reproduza algum filme na sua TV, por exemplo.

Cobrando US$ 129, o Google acredita que você irá querer comprar vários Google Home na sua casa, por isso, o gadget traz uma tecnologia que evita que todos os dispositivos sejam acionados quando o comando de voz “Ok Google” for dito — apenas o dispositivo mais próximo responde. Você pode conferir todos os recursos e integrações do Google Home nesta página.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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