O que muda no Nintendo Switch OLED, além da tela?
Nintendo Switch modelo OLED foi revelado sem alarde e trouxe poucas mudanças em relação ao modelo padrão; veja os detalhes
A Nintendo anunciou o Switch (modelo OLED) — é assim que se chama mesmo — em 6 de julho de 2021, sem alarde. Pouco mais de três anos depois do lançamento do modelo principal, “tradicional”. Porém, mesmo depois desse tempo, pouca coisa mudou. São diferenças que não valem o upgrade para algumas pessoas. Confira os detalhes presentes no novo Switch com tela OLED.
Observação: abaixo listo as diferenças entre os dois modelos com dock do Nintendo Switch. Vale lembrar que já publicamos o comparativo entre o Switch normal e Switch Lite em outro link.
A nova tela do Nintendo Switch OLED
A principal diferença está no nome: a tela OLED. Mantendo praticamente o corpo do anterior, a tela saltou de 6,2 polegadas para 7 polegadas, com um painel OLED em vez de LCD.
Em resumo, esse tipo de tela do novo modelo oferece cores mais vivas, um preto profundo e o contraste acaba sendo melhor. Contudo, a resolução ainda é a mesma: HD (720p) no modo portátil e Full HD (1080p) quando usado na TV.
- Para entender mais sobre o tipo do painel, publicamos outro artigo para explicar as nomenclaturas e tecnologias que diferem o LCD, LED, OLED e microLED.
Corpo ligeiramente maior
Eu disse que o corpo é “praticamente” o mesmo, porque é mesmo. Tanto que os próprios Joy-Cons do modelo anterior ainda funcionam no Switch OLED. A construção manteve a espessura e altura, mas teve leves alterações no peso e comprimento. Ficou assim:
Modelo | Altura | Largura | Espessura | Peso |
Padrão (2017) | 10,16 centímetros | 23,87 centímetros | 1,40 centímetros | 399,1 gramas |
OLED (2021) | 10,16 centímetros | 24,13 centímetros | 1,40 centímetros | 421,8 gramas |
Cores do Nintendo Switch OLED
Apesar de ter sido apresentado na cor branca, o novo modelo de Switch com tela OLED também será vendido na cor preta com os controles neon azul e vermelho (como o modelo original). Com o tempo, é provável que edições temáticas de jogos sejam lançadas.
Apoio traseiro mais reforçado
Outra novidade é que o modelo OLED do Switch vem com um stand mais reforçado. Deixa de ser aquele apoio pequeno, fraco, e ocupa toda a traseira do console, permitindo até melhores ajustes na angulação.
Melhorias no áudio
A Nintendo também cita que o áudio foi aprimorado nesse modelo do Switch, mas sem especificar quais foram as melhorias. Segundo as primeiras impressões do The Verge, o Switch OLED tem um volume um pouco maior e o som mais claro quando comparado com o Switch Lite.
Mais espaço de armazenamento interno
Uma novidade que deveria estar presente desde o modelo de 2017 é o armazenamento maior. Essa atualização será vendida com 64 GB de memória para salvar jogos e outros arquivos, o dobro do modelo anterior e do Lite, ambos com 32 GB.
Nos modelos anteriores, quem deseja aproveitar bem os consoles já precisa incluir o custo de um cartão microSD para expandir o armazenamento. 64 GB de memória interna dará um fôlego, mas ainda não é o ideal.
Nova dock com entrada ethernet para cabo de rede
Essa é uma novidade que afetará poucas pessoas: aqueles que jogam online e que usam o console na TV. Agora, a dock do Nintendo Switch OLED tem uma entrada ethernet, para conectar o cabo de rede.
Tecnicamente, preferir uma conexão cabeada ao invés do Wi-Fi ajuda a manter a latência baixa, para evitar os atrasos (lags) nas partidas e também permite ter downloads mais rápidos (dependendo do roteador do usuário). Mas, como dito, é uma melhoria que afeta poucas pessoas — ainda se os servidores da Nintendo colaborarem com a demanda.
Tanto a dock antiga quanto a nova servem para os dois modelos. Portanto, quem quiser poderá adquiri-la separadamente, se fizer questão da melhoria — ou optará por um adaptador USB–Ethernet para usar na dock antiga.
Switch OLED tem preço maior
Tela maior e melhorias aqui e ali impactaram o preço, com um aumento de US$ 50. Com isso, a linha de modelos de Nintendo Switch é comercializada com os seguintes valores, nos Estados Unidos:
- Switch padrão: US$ 299,99;
- Switch Lite: US$ 199,99;
- Switch OLED: US$ 349,99;
O que não muda?
Além da mesma compatibilidade para os Joy-Cons, outras características permanecem iguais nos dois modelos (padrão e OLED), são elas:
- Duração de bateria (entre 4,5 e 9 horas);
- Capacidade da bateria (4.310 mAh)
- Processador gráfico (Nvidia Tegra personalizado);
- Quantidade de memória RAM, como confirmado pela Nintendo ao The Verge.
- Resolução da tela e de saída para um monitor externo ou TV;
- Portas disponíveis (conector USB tipo C e entrada para fone de ouvido de 3,5 milímetros).
Vale a pena trocar?
Valer a pena eu diria que não. A não ser que não tenha um Switch e este seja o primeiro modelo. Mas, quem já tem o modelo anterior, não perde mudanças significativas.
A tela é o principal atrativo da atualização, mas a resolução ainda continua a mesma. A GPU também não mudou, nem mesmo a quantidade de memória RAM para ajudar em processos mais pesados. Por isso, em desempenho, o Switch OLED continua o mesmo do anterior.
Outro ponto importante de se considerar é quanto ao tipo de gameplay preferido do usuário: se joga mais na TV ou no modo portátil. Se for a primeira opção, quase nula é a melhoria para esses jogadores.
Agora, quem tem um Switch Lite e sente falta de jogar na TV, eu aconselharia partir direto para o modelo OLED. Apesar de não ter um desempenho melhor, já ganhará uma nova tela, além da possibilidade de jogar em um monitor externo.
Com informações: Nintendo 1, Nintendo 2.