Quase metade das descrições e comentários no Instagram tem emojis. Esse tipo de “linguagem” se tornou tão popular, que o serviço decidiu estudar o assunto a fundo para descobrir, por exemplo, quais são os emojis mais usados e os significados mais associados a cada símbolo.

A pesquisa foi liderada pelo engenheiro de software Thomas Dimson. No blog de engenharia do Instagram, ele explica que, em novembro de 2011, um mês depois de a Apple disponibilizar o teclado emoji como universal no iOS, 10% das publicações na rede social já continham esses símbolos. De lá para cá, o uso de emojis não parou de crescer.

Para entender o fenômeno, Dimson fez uso de técnicas de aprendizagem de máquina e processamento de linguagem natural. Com isso, conseguiu descobrir que o emoji mais comum, pelo menos entre usuários de língua inglesa, é o símbolo da carinha que chora de tanto rir, usado para expressar risada exagerada.

O segundo emoji mais frequente é o que mostra “olhos apaixonados”, utilizado para demonstrar encanto, admiração. O terceiro lugar fica para o símbolo de coração, usado para indicar paixão, afeto:

Emojis

Esses são símbolos praticamente universais, ou seja, seus significados pouco ou nada mudam mesmo entre culturas diferentes. Mas também há emojis cuja representação varia conforme as circunstâncias, ou seja, esses símbolos não são autoexplicativos. Outros até o são, mas o seu uso é fortemente contextualizado: emojis de sapatos e bolsas, por exemplo, são bastante associados a publicações sobre moda em geral.

Emojis - contexto

Thomas Dimson também descobriu quais são os países que mais (e menos) utilizam emojis. A liderança fica para a Finlândia. Por lá, 63% dos usuários do Instagram usam os símbolos. O Brasil aparece na 10ª posição com 37%, logo atrás dos Estados Unidos, com 38%.

Países que mais usam emojis

Independente de país, o que o Instagram percebeu é que seus usuários usam emojis principalmente para substituir “gírias da internet” ou manifestações escritas comuns, como “lol”, “xoxo” e “hahahaha”. Pode parecer óbvio, mas a constatação ajuda na compreensão da semântica, especialmente em relação a emojis parecidos, mas que são usados para representações diferentes.

Na segunda parte do estudo, a ser liberada em breve, Dimson promete explicar um dos recursos mais recentes do Instagram: o uso de emojis como hashtags.

Com informações: The Next Web

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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