Xiaomi Mi 5: hardware caprichado, design familiar

Em vídeo: topo de linha enfrenta concorrentes com estabilização óptica, design sofisticado e hardware forte

Paulo Higa
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• Atualizado há 10 meses

Direto de Barcelona — A Xiaomi anunciou nesta quarta-feira (24) o Mi 5, próxima geração do flagship da marca chinesa que começará a ser vendido a partir de março. Com Snapdragon 820, até 128 GB de memória e acabamento sofisticado, com direito a uma traseira resistente de cerâmica no modelo mais caro, o smartphone tem design bastante familiar.

O Mi 5 possui corpo com moldura de alumínio e traseira de vidro, que imediatamente me faz lembrar do Galaxy Note 5, por causa da curvatura nas laterais e as linhas de design peculiares. A própria Xiaomi deve saber da semelhança, tanto que, durante a apresentação do vice-presidente Hugo Barra, foram exibidas algumas imagens do céu noturno refletindo no Mi 5. Universo, galáxias… Bem, você entendeu.

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A parte frontal é dominada pela tela IPS de 5,1 polegadas (1920×1080 pixels), praticamente sem bordas, resultando em bom aproveitamento de espaço. O Mi 5 está bem diferente das gerações anteriores, especialmente porque este é o primeiro aparelho da Xiaomi com um leitor de impressões digitais na frente. Segundo os chineses, eles não colocaram o componente antes porque queriam resolver um problema de design: ao incluir um sensor biométrico na frente, o aparelho tende a ficar espesso e com bordas grandes.

Antes de continuar, eis as minhas primeiras impressões em vídeo:

Como costuma fazer nas apresentações, a Xiaomi focou bastante no hardware. O Mi 5 Pro traz o que o mercado oferece de melhor: processador quad-core Snapdragon 820 de 2,15 GHz, 128 GB de armazenamento (o flash é o rápido UFS 2.0), 4 GB de RAM e traseira de cerâmica. No modelo mais simples, de 32 GB, o chip tem clock menor (1,8 GHz), a RAM diminui para 3 GB e a traseira é de vidro normal.

Obviamente, todas as versões são extremamente baratas quando comparadas com os concorrentes diretos, seguindo o modelo de negócios agressivo da Xiaomi. Mesmo o mais completo tem preço abaixo da média: na China, o Mi 5 Pro custará 2.699 yuans, o equivalente a R$ 1.667. Se você compará-lo com o iPhone 6s de 128 GB, vendido aos chineses por 6.888 yuans (R$ 4.255), o smartphone da Xiaomi é uma pechincha.

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E o que o Mi 5 tem de interessante?

Um dos componentes mais destacados por Hugo Barra foi a câmera traseira de 16 MP (o sensor é um Sony IMX298), que conta com sistema de estabilização de imagem de quatro eixos, contra apenas dois de aparelhos como o iPhone 6s Plus. Isso significa que você pode mover ou girar o Mi 5, na vertical ou na horizontal, e o conjunto óptico se moverá para evitar tremidas nos vídeos.

Falando nisso, a câmera frontal do Mi 5, com resolução de 4 MP, leva o recurso Beautity para as chamadas em vídeo. Essa função já estava disponível no software de câmera da MIUI e agora “embeleza” o rosto em tempo real durante uma chamada, removendo espinhas, clareando a pele e corrigindo a iluminação do quadro. Segundo a Xiaomi, a novidade vai incentivar a utilização da função de videoconferências por mais pessoas.

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Eu fiquei meio surpreso ao notar que, mesmo sendo grande, construído com materiais mais caros e tendo uma bateria de 3.000 mAh, o Mi 5 é muito leve (segundo a Xiaomi, são 129 gramas no modelo com traseira de vidro). A pegada, devido às curvaturas nas laterais, é boa. E a empresa fez um bom trabalho em refinar o design: apesar da espessura fina de 7,25 mm, o módulo da câmera fica rente ao corpo do aparelho, sem criar um calombo como no iPhone 6s e Galaxy S7.

Os chineses poderão comprar o Mi 5 a partir de 1º de março, então este é, talvez, o primeiro celular com Snapdragon 820 a chegar ao mercado (a apresentação, inclusive, contou com a participação do presidente da Qualcomm, Derek Aberle). Hugo Barra não quis revelar quando (e se) o novo flagship será lançado no Brasil. Por enquanto, a empresa vende apenas os intermediários Redmi 2 e Redmi 2 Pro no país.

Paulo Higa viajou para Barcelona a convite da Intel.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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