Facebook tem crescimento menor e aposta em Stories e mensagens

O Facebook registrou 2,27 bilhões de usuários mensais em setembro, mas ficou abaixo das expectativas

Victor Hugo Silva
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
WhatsApp / Facebook / Pixabay

Os recentes problemas de segurança parecem estar impedindo o Facebook de registrar um crescimento maior. Ao final do trimestre encerrado em setembro, a empresa teve 2,27 bilhões de usuários mensais ativos, com alta de 10% em relação ao mesmo período de 2017.

A taxa, no entanto, foi menor do que os 11% registrados no trimestre encerrado em junho. O resultado também ficou abaixo das previsões do mercado, que esperava 2,29 bilhões de usuários mensais ao final do período.

O número de usuários diários ativos cresceu 9%, passando a 1,49 bilhão. A expectativa de investidores, no entanto, era de que a rede social atingisse 1,51 bilhão de usuários diários em setembro.

Em conferência com acionistas, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, preferiu destacar o resultado somado de seus serviços. Segundo ele, Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger têm, em conjunto, mais de 2 bilhões de usuários diários.

A receita do Facebook segue a mesma tendência do número de usuários. No terceiro trimestre de 2018, ela ficou em US$ 13,72 bilhões, equivalente a uma alta de 33% na comparação com o mesmo período de 2017.

Porém, o ritmo de crescimento anual no trimestre caiu pelo segundo ano consecutivo. Em 2017, a alta havia sido de 49% e, em 2016, de 59%.

Entre julho e setembro, os dispositivos móveis se tornaram ainda mais responsáveis pela receita com anúncios. Eles representavam 91% do total no segundo trimestre e, agora, respondem por 92%.

Foto: Thought Catalog/Unsplash

Foto: Thought Catalog/Unsplash

Foco em Stories e mensagens privadas

Na conferência, Zuckerberg e Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, apontaram qual será o futuro da empresa. Para eles, os serviços deverão melhorar a experiência dos usuários com Stories e mensagens.

Atualmente, Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger registram o envio de mais de 100 bilhões de mensagens por dia. Nas mesmas plataformas, os usuários publicaram mais de um bilhão de Stories diariamente.

“Estamos construindo os melhores serviços para mensagens privadas e Stories, e há oportunidades enormes à frente em vídeo e comércio”, afirmou Zuckerberg.

Facebook “saturado” na Europa e nos EUA

Mais uma vez, o Facebook não apresentou grande crescimento em países desenvolvidos. No Estados Unidos e no Canadá, onde o levantamento é somado, a rede social ganhou apenas 1 milhão de usuários mensais ativos, passando para 242 mihões.

Na Europa, a situação é ainda mais preocupante: a plataforma perdeu 1 milhão de usuários, atingindo 375 milhões. A queda nesses mercados é preocupante pois eles representam mais de 70% da receita do Facebook.

Para se ter uma ideia, a receita média da rede social por usuário é de US$ 27,61, nos Estados Unidos e no Canadá, e de US$ 8,82, na Europa. Na região Ásia-Pacífico, a receita média é de apenas US$ 2,67, e no restante do mundo, de US$ 1,82.

Para Zuckerberg, o Facebook “pode estar perto de saturado” nos EUA, no Canadá e na Europa. Porém, ainda há espaço para uma expansão nos países em desenvolvimento.

Na Ásia-Pacífico, a rede social teve 23 milhões de novos usuários mensais ativos, atingindo 917 milhões no terceiro trimestre. No restante do mundo, são 13 milhões de novos usuários, passando para 736 milhões de pessoas acessando a plataforma pelo menos uma vez por mês.

Crescimento de usuários mensais no Facebook

Com informações: Facebook, TechCrunch, Engadget.

Receba mais sobre Facebook na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

Relacionados