Apple tem queda no lucro e na venda de iPhones, mas cresce em serviços

Apple teve lucro líquido de US$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2019, queda de 13% em um ano; receita com iPhones caiu 12%

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Apple AirPods (2019)

A Apple teve lucro líquido de US$ 10 bilhões no segundo trimestre, queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado; por sua vez, a receita com iPhones caiu 12%. O resultado foi melhor nas outras áreas da empresa, incluindo Mac, iPad, serviços como o Apple Music, e wearables como o Apple Watch e os fones de ouvido AirPods.

No segundo trimestre, foram comercializados cerca de US$ 26 bilhões em iPhones; é um valor expressivo, porém inferior aos quase US$ 30 bilhões no mesmo período do ano passado. A Apple não revela mais o número de unidades vendidas.

As vendas do iPhone estão em queda, por isso a Apple vem reduzindo o preço dos celulares em alguns mercados, como a Índia; e vem se concentrando em outras áreas, especialmente serviços, para aproveitar sua base com mais de 1 bilhão de dispositivos ativos.

Apple vê crescimento em wearables, serviços, Mac e iPad

Todas as outras divisões tiveram aumento nas vendas. A categoria Wearables, Home e Acessórios registrou um crescimento notável de 48% em um ano para US$ 5,5 bilhões. No segundo trimestre, a Apple lançou a nova geração dos AirPods e um iPod Touch atualizado. O Apple Watch continua liderando o mercado de smartwatches, e o alto-falante HomePod recebeu um corte no preço para estimular as vendas.

A divisão de serviços teve crescimento de 12,6% em um ano para US$ 11,5 bilhões. Isso inclui a receita de aplicativos da App Store, o Apple News+ e o Apple Music — que chegou a 60 milhões de assinantes. A empresa vai lançar este ano o Apple TV+ para concorrer com Netflix, e o Apple Arcade com jogos exclusivos para iOS.

O faturamento com Macs cresceu 10,7% para US$ 5,8 bilhões, puxado pelo lançamento de novos MacBook Pro com processador octa-core. E o iPad registrou um aumento de 8,4% para US$ 5 bilhões graças aos novos iPad Mini e iPad Air, que chegaram a mais mercados no segundo trimestre — incluindo o Brasil.

Separando as vendas totais por região geográfica, vemos que a Apple sofreu queda de 4% na China e de quase 2% na Europa. No entanto, o faturamento cresceu 2% nas Américas, 5,6% no Japão e mais de 13% no restante da Ásia-Pacífico. Isso foi o bastante para puxar a receita líquida para cima: foram US$ 53,8 bilhões no mundo inteiro, um segundo trimestre recorde para a Apple.

Com informações: Apple.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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