TIM lucra R$ 2 bilhões em 2019 com crescimento no pós-pago

Lucro da TIM cresceu 32,1% em comparação com 2018; pós-pago TIM Black Família puxou alta do segmento pós-pago

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A TIM Brasil divulgou seus resultados financeiros mais recentes e fechou 2019 com números positivos: a operadora obteve lucro líquido de R$ 2,04 bilhões, crescimento de 32,1% em relação ao ano anterior. O número de clientes com linhas de celular caiu nesse período, mas os gastos por usuário aumentaram, graças principalmente aos planos pós-pagos como o TIM Black Família.

TIM Shopping Morumbi (foto por Edi Pereira)

Veja os destaques financeiros do ano:

Indicador 2018 2019 Diferença
Lucro líquido normalizado R$ 1,55 bilhão R$ 2,04 bilhões + 32,1%
EBITDA normalizado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) R$ 6,37 bilhões R$ 6,79 bilhões + 6,7%
Margem EBITDA normalizada 37,5% 39,1% + 1,6 p.p
Receita líquida R$ 16,98 bilhões R$ 17,37 bilhões + 2,3%
Custo normalizado de operação R$ 10,579 bilhões R$ 10.610 bilhões – 0,3%
Capex (investimentos) R$ 3,83 bilhões R$ 3,85 bilhões + 0,6%

Isolando o quarto trimestre, o desempenho foi positivo, com lucro líquido de R$ 756 milhões e alta de 28,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 4,58 bilhões (+2,9%).

O volume de investimentos (Capex) caiu no trimestre, chegando a R$ 1,33 bilhão (-2,7%). Os custos de operação foram de R$ 2,61 bilhões, queda de 0,7%.

TIM Black Família puxa crescimento no pós-pago

A operação móvel da TIM é responsável pela maior parte da receita líquida de serviços, com R$ 4,1 bilhões no trimestre (+2,6%). A operadora fechou o período com 54,4 milhões de linhas móveis. Houve queda no número de acessos: eram 55,9 milhões de linhas em 2018. O movimento é natural com a migração de linhas pré para o pós-pago, assim como a consolidação por parte dos usuários em manter apenas uma linha móvel.

O ARPU (receita média mensal por usuário) teve alta de 5,8%, atingindo a cifra de R$ 25,10. Isolando o pós-pago, o valor foi de R$ 47,00 (+6,1%), enquanto o pré-pago manteve a média de R$ 12,90 (+7,9%).

No pós-pago, a empresa diz que os planos TIM Black Família tiveram performance positiva na aquisição de novas linhas, e contribuíram para a transferência de clientes atuais para outro de maior valor. Os planos familiares responderam por 33% dos acessos pós-pagos desde o lançamento.

A TIM continua na liderança de municípios cobertos com tecnologia 4G, e terminou 2019 com 3.477 mil cidades cobertas, das quais 1,1 mil possuem 4,5G. A tecnologia VoLTE pode ser encontrada em 3.401 mil cidades, compreendendo 93% da rede 4G da operadora, enquanto a frequência de 700 MHz está presente em 2,3 mil municípios.

TIM Live expande internet via fibra óptica

Os serviços fixos entregam uma receita bem menor que o negócio móvel para a TIM: no ano de 2019, o faturamento foi de R$ 949 milhões, sendo R$ 256 milhões no quatro trimestre. Desse valor, os serviços residenciais TIM Live representam 51,7% da receita.

O ARPU de TIM Live foi de R$ 83,80, alta de 4,4%. No trimestre, o serviço de banda larga fixa com tecnologia FTTH (fibra até a casa do cliente) se expandiu para três novas cidades e atingiu a marca de 566 mil clientes.

A cobertura FTTH chegou a 2,3 milhões de domicílios, ainda abaixo da tecnologia FTTC (fibra até o poste), que alcança 3,6 milhões de casas. Para 2020, a operadora espera estrear o serviço em 16 novas cidades.

Com informações: TIM Brasil.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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