TIM defende aumento de preços na internet móvel e menos concorrência

TIM tenta se reinventar com foco em consumidor de alto valor e defende que operadoras deixem de competir entre si

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil
Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil

A TIM tem buscado formas de aumentar sua receita, e uma fala do CEO Pietro Labriola durante um evento com jornalistas deixa clara a intenção de cobrar mais por pacotes maiores de internet. Ele também defende a cobrança de serviços zero rating, e diz que as operadoras móveis deveriam deixar de competir entre si.

De acordo com o InfoMoney, o CEO afirmou que o consumo médio de internet móvel do brasileiro era de 150 MB há quatro anos, e hoje passa de 2 GB no pré-pago com o mesmo preço. O executivo disse que o brasileiro depende de internet e que existe uma “oportunidade muito grande” que o setor de telecomunicações não aproveita.

Esse tipo de conduta acaba contrariando o movimento das operadoras globais, que passaram a disponibilizar planos de internet móvel com franquias enormes ou mesmo tráfego ilimitado. Com a chegada do 5G, que permitirá altíssimas velocidades, não faz sentido ter um pacote de dados que pode se esgotar em poucos minutos.

Labriola ainda diz que as operadoras de celular deveriam deixar de competir entre si, e deveriam entender que a concorrência é com pequenos gastos da rotina do cliente, como cerveja e cigarro. No passado, ele já havia defendido o fim de uma guerra de preços entre as operadoras, citando principalmente a Oi e Nextel, que possuem planos mais agressivos.

Ao mesmo tempo que a operadora defende um aumento de preços, a concorrente Claro anunciou seus novos planos pré e pós-pago com maior franquia de internet sem nenhum reajuste.

TIM quer vender pacotes zero rating

É bem comum que as operadoras incluam aplicativos sem descontar da franquia, como WhatsApp e outras redes sociais. Para gerar receita, a TIM cita a estratégia de cobrar um pequeno valor pelo que hoje é oferecido com zero rating.

Ela já faz isso atualmente: clientes do pré-pago ou controle podem contratar um pacote mensal de R$ 20 por mês ou R$ 8 por semana que dá acesso ilimitado a redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram.

A Vivo é outra operadora que trabalha com o modelo, tanto com pacote para redes sociais para o pré-pago e controle como no Vivo Easy, que comercializa diárias para uso ilimitado de redes sociais e aplicativos de streaming.

Com informações: InfoMoney, Mobile Time.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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