Oi pede à Justiça que prorrogue recuperação judicial
Recuperação judicial da Oi era prevista para terminar em 4 de fevereiro de 2020; operadora registrou prejuízo de R$ 5,7 bilhões
Recuperação judicial da Oi era prevista para terminar em 4 de fevereiro de 2020; operadora registrou prejuízo de R$ 5,7 bilhões
Após o fechamento do mercado na sexta-feira (6), a Oi emitiu um fato relevante informando que pediu a prorrogação de sua recuperação judicial à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A princípio, o processo terminaria em 4 de fevereiro de 2020, data em que a homologação do plano completaria dois anos.
A Oi se defende dizendo que essa continuidade após dois anos é uma “medida natural” que tem sido aplicada na maior parte dos processos de recuperação judicial, e que “já concluiu grande parte das etapas estabelecidas no processo”.
Além disso, a empresa informa que a execução do plano estratégico já começou a dar resultados positivos nos indicadores operacionais e financeiros, e será acelerado a partir de 2020 com consolidação em 2021. Ela aposta na expansão da rede de fibra óptica com foco em banda larga fixa com tecnologia FTTH, deixando a telefonia móvel um pouco de lado (embora tenha confirmado a participação no leilão de frequências de 5G).
No fato relevante, a operadora diz que “a medida de não-encerramento da supervisão judicial não traz mudanças para a situação atual das Empresas Oi e não tem impacto quanto ao cumprimento do Plano de RJ em vigor, nem em relação a créditos correntes e sobre eventuais novos recursos que vierem a ser acessados”.
A notícia chega na mesma semana em que a Oi divulgou (tardiamente) os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2019. A operadora apresentou prejuízo de R$ 5,7 bilhões e dívida líquida de R$ 14,7 bilhões, além de queda no número total de clientes.
A Oi tem sido alvo de especulação de vendas do braço móvel. Na conferência de divulgação dos resultados, o CEO afirmou que já conta com auxílio de consultores financeiros para avaliar o negócio de mobilidade, e que há interesse de venda se houver uma condição para consolidação. As concorrentes Claro, TIM e Vivo já se mostraram interessadas.
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