Nubank entra com pedido para estrear em bolsa de valores no Brasil e EUA

Nu Holdings, controladora do Nubank, anuncia pedidos de oferta pública inicial (IPO) nas bolsas de valores do Brasil e dos Estados Unidos

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Nubank (Imagem: Divulgação)

O Nubank anunciou nesta quarta-feira (27) que entrou com pedidos de IPO para estrear nas bolsas de valores brasileira e americanas. A Nu Holdings, controladora do banco digital, protocolou perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3 uma solicitação de registro de oferta pública inicial para listar suas ações no Brasil. Outro pedido foi encaminhado à Securities and Exchange Commission (SEC) para estrear nas bolsas dos EUA.

Em comunicado ao mercado, o Nubank afirmou que sua oferta pública inicial (IPO) deverá ser realizada nas bolsas de valores dos Estados Unidos, mas a fintech também quer listar paralelamente suas ações no Brasil através de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são ativos que replicam o desempenho de títulos negociados originalmente no exterior.

A Nu Holdings também comunicou que seu anúncio de IPO não é uma “oferta de venda ou uma solicitação para oferta de compra de títulos e valores mobiliários” no Brasil ou nos Estados Unidos, acrescentando que isso só será feito através de um prospecto definitivo.

Nubank registrou primeiro lucro de sua história

O Nubank estava se preparando para sua oferta pública inicial há meses. Mais recentemente, no dia 13 de outubro, a fintech revelou importantes números para investidores: um lucro líquido de R$ 76 milhões referente ao primeiro semestre de 2021 e o primeiro de sua história.

Na época, Guilherme Lago, vice-presidente financeiro do Nubank, afirmou em uma postagem no blog da empresa que a instituição conseguiu reverter seu saldo negativo de R$ 95 milhões registrados no primeiro semestre de 2020 e encerrou junho deste ano com mais de 41 milhões de clientes no Brasil.

Cartão do Nubank (Imagem: Divulgação)
Cartão do Nubank (Imagem: Divulgação)

No entanto, Lago também disse que o primeiro lucro da história do Nubank não será distribuído para os acionistas da fintech. “Ele ficará na empresa para ser reinvestido em novos produtos e serviços inovadores para os nossos clientes no país”. Ele também destacou que o banco seguirá focado no valor que pode “construir no Brasil no longo prazo, e não em resultados de curto prazo”.

Avaliação mais recente do Nubank é de US$ 30 bilhões

No final de julho, David Vélez, CEO e fundador do Nubank comentou em entrevista à Folha de S.Paulo sobre a possibilidade de um IPO e também reforçou mesma a visão a longo prazo descrita por Guilherme Lago:

“Sabemos que um possível IPO do Nubank gera muita expectativa e não negamos que ele deve acontecer em algum momento, mas não é o nosso foco e não temos pressa para isso. Contamos com o apoio de nosso grupo de investidores, que compartilham a visão de longo prazo do nosso negócio.”

Em junho, o Nubank levantou US$ 500 milhões com um aporte da Berkshire Hathaway, empresa do bilionário e megainvestidor Warren Buffett, e outros US$ 250 milhões através de múltiplos investidores nacionais e do exterior. Na época, o banco digital foi avaliado em US$ 30 bilhões.

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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