TIM vê aumento de 51,2% no lucro líquido com adição de linhas móveis

TIM divulga resultados financeiros para o 1º trimestre de 2022; tele comemora desempenho do pós-pago e projeta crescimento com serviços fixos via fibra e 5G

Lucas Braga
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Loja da TIM

A TIM Brasil divulgou o balanço financeiro do primeiro trimestre de 2022, e a operadora teve lucro de R$ 419 milhões, alta de 51,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A operadora viu crescimento na base de clientes, comemora a estratégia que incentiva migração de plano controle para o pós-pago TIM Black e planeja expansão residencial com fibra óptica e 5G fixo.

TIM – Resultados financeiros do 1º trimestre de 2022

Confira os principais indicadores do balanço da TIM Brasil do primeiro trimestre de 2022 e a comparação com o mesmo período do ano anterior:

Indicador1º trimestre 20221º trimestre 2021Diferença
Receita líquidaR$ 4,72 bilhõesR$ 4,34 bilhões+8,9%
Lucro líquido normalizadoR$ 419 milhõesR$ 277 milhões+51,2%
Custo normalizado de operaçãoR$ 2,60 bilhõesR$ 2,31 bilhões+12,3%
Capex normalizado (investimentos)R$ 1,32 bilhãoR$ 1,32 bilhão+0,3%
Total de linhas móveis (clientes)52,30 milhões51,72 milhões+1,1%

TIM comemora crescimento de clientes com pós-pago

O segmento de telefonia celular é o mais importante para o balanço da TIM: ele responde por R$ 4,28 bilhões da receita líquida, com alta de 8,9% na comparação anual. A operadora explica que o resultado foi possível graças ao crescimento de 7,6% na receita média mensal por usuário (ARPU).

A TIM encerrou o trimestre com 52,3 milhões de clientes móveis, com adição líquida de 239 mil linhas. Houve crescimento de 4,5% na base de usuários com planos pós-pagos, que geram mais receita, enquanto o pré-pago teve queda de 1,4% nos acessos.

A operadora também celebra a alta no gasto médio com clientes do pós-pago, graças aos inventivos para clientes com plano controle migrarem para o pós-pago TIM Black, que possui mensalidades mais caras. A TIM também revela que uma oferta para venda do iPhone 12 impulsionou as vendas do segmento, principalmente no mês de março.

Quanto à infraestrutura, a TIM encerrou o período com cobertura 4G em 4.794 municípios, alta de 16,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A frequência de 700 MHz, que permite maior penetração de sinal, está presente em 4.058 cidades. O 5G DSS, que compartilha espectro com tecnologias anteriores, está disponível em 15 localidades e possui cerca de 366 mil usuários.

TIM Live cresce 4,2% apesar de queda no cobre

Na comparação com o segmento móvel, a receita com serviços fixos da TIM é ínfima e atingiu a marca de R$ 297 milhões no trimestre — alta de 5,7% no comparativo anual. O serviço de banda larga TIM Live responde por R$ 192 milhões do faturamento, com crescimento de 10,2%.

A banda larga TIM Live alcançou 689 mil clientes no 1º trimestre de 2022, com crescimento anual de 4,2%. A maioria dos usuários já está na fibra óptica pura, que cresceu 31,4%, enquanto os acessos fornecidos via cobre (xDSL) tiveram queda de 23,4%.

A TIM afirma ter concentrado esforços para migração de clientes atendidos pelo cobre para a fibra óptica, justificando a queda nos acessos dessa tecnologia. Por sinal, houve diminuição de 6% na quantidade de domicílios atendidos com tecnologia xDSL em 6%, enquanto a fibra saltou 24,9%.

Durante o trimestre, a TIM estreou com o serviço TIM Live no município de Joinville (SC), após um longo período sem novas cidades. A tecnologia FTTH, que leva a fibra para dentro da casa do cliente, alcança 4,4 milhões de domicílios.

TIM deve comprar pequenos provedores e quer 5G fixo em 2024

Durante a divulgação de resultados, a TIM divulgou que a cobertura de fibra óptica deve ser expandida para mais 10 milhões de domicílios até o ano de 2027. No entanto, a operadora também enxerga a oportunidade de expandir no segmento fixo com a aquisição de pequenos provedores.

Além disso, a operadora também divulgou a intenção de vender banda larga fixa por 5G (FWA) em 2024. A TIM vê um segmento-alvo de 2 a 3 milhões de acessos para essa modalidade, com preços mensais entre R$ 80 a R$ 100.

A abordagem da operadora para vender acessos fixos em 5G deve ser mais seletiva, para atrair receita nas regiões que a TIM possui menor participação de mercado na telefonia móvel. Os desafios principais são relativos à cobertura 5G (que ainda não existe) e ao custo do modem 5G fixo, que atualmente custa entre US$ 250 a 400.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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