82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso
Conectividade máxima atinge apenas 22% da população; apenas 35% dos brasileiros têm acesso a conexões com 10 Mb/s ou mais
Conectividade máxima atinge apenas 22% da população; apenas 35% dos brasileiros têm acesso a conexões com 10 Mb/s ou mais
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.BR) publicou o estudo Conectividade Significativa, que apresenta um panorama sobre o acesso à internet no Brasil em 2023. A pesquisa mostra que o acesso à internet atinge 95% da população, e que 82% das pessoas utilizam a rede diariamente. Ainda assim, apenas 22% dos brasileiros possuem boas condições de conectividade.
Considerando apenas usuários de internet, 84% das pessoas têm frequência diária de acesso. O acesso diversificado entre diferentes dispositivos — como computador e smartphone, por exemplo — é exercido por 34% das pessoas.
O estudo traz a estatística de que 59% das pessoas utilizam conexão domiciliar via fibra óptica ou cabo, e a velocidade de conexão é maior que 10 Mb/s apenas para 35% dos brasileiros.
É importante salientar que os dados também contemplam pessoas que não são atendidas por banda larga, mas possuem acesso à internet graças aos pacotes de dados celulares.
As estatísticas da Anatel para fevereiro de 2024 mostram que 93,2% das conexões de banda larga fixa são compostas por fibra ou cabo coaxial, e a velocidade média contratada no país foi de 369,4 Mb/s.
O estudo apresenta um score com nove indicadores para identificar o nível de conectividade. Para o NIC.BR, os resultados da pesquisa mostram um cenário desafiador no Brasil.
A pesquisa leva em conta os seguintes critérios (cada indicador representa 1 ponto):
Quanto mais pontos, melhor o nível de conectividade. No entanto, 33% da população brasileira com idade acima de 10 anos se encontra na lanterna, com no máximo dois pontos, e 24% das pessoas acumulam três ou quatro pontos.
A conectividade satisfatória, com 7 a 9 pontos, atinge 22% da população brasileira, enquanto 20% das pessoas se enquadram em 5 a 7 pontos.
Na classificação por raça, classe social e região, 18% dos autodeclarados pretos ou pardos atingem o melhor nível de conectividade, enquanto entre os brancos o número salta para 32%. No recorte por gênero, 28% dos homens são mais conectados; entre as mulheres, são 17%.
No recorte regional, a região Sudeste apresenta os melhores índices de conexão, com 31% da população, seguido pelo Sul (27%), Centro-Oeste (19%), Norte (11%) e Nordeste (11).
O estudo completo pode ser acessado no site do NIC.BR.
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