Adobe desiste da fusão com o Figma; operação custa US$ 1 bilhão
Decisão do órgão regulador do Reino Unido dificultou o acordo de aquisição da empresa de software de design avaliado em US$ 20 bilhões
Decisão do órgão regulador do Reino Unido dificultou o acordo de aquisição da empresa de software de design avaliado em US$ 20 bilhões
A fusão do Figma com a Adobe não irá mais acontecer. Conforme a nota publicada pelo CEO do Figma Dylan Field, a decisão foi tomada de forma conjunta após o longo processo de revisão regulatória iniciado em setembro de 2023.
“Apesar de milhares de horas gastas com reguladores em todo o mundo, detalhando as diferenças entre os nossos negócios, os nossos produtos e os mercados que servimos, já não vemos um caminho para a aprovação regulamentar do acordo”, explicou o executivo.
O anúncio do Figma ocorre dias após a Adobe afirmar que não seguiria a decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, em inglês) do Reino Unido. O órgão britânico determinou o bloqueio da aquisição no valor de US$ 20 bilhões. Ele alegou que a fusão poderia prejudicar o mercado de softwares de design.
A dona do Photoshop se recusou a cumprir os compromissos sugeridos pela CMA para reduzir as preocupações de “operações sobrepostas”. A empresa citou que o desinvestimento seria “totalmente desproporcional” e os pacotes de soluções não resolveriam as questões concorrenciais.
De toda forma, a decisão do órgão britânico teria deixado a Adobe sem outra alternativa a não ser vender o Figma Design para concluir o acordo. O editor de imagem é a principal fonte da empresa menor e, segundo os analistas, o principal motivo por trás da aquisição.
A empresa de software tentou argumentar que as fusões reprovadas pela CMA, como a tentativa da Meta em adquirir o GIF Giphy, reduzem a inovação tecnológica. Isso também impede que marcas menores cresçam tendo suporte de grandes corporações.
Em nota, Field cita que apesar da fusão não ter sido concluída, ele está orgulhoso do trabalho da equipe. O executivo destaca o empenho dos colaboradores para construir novos produtos e incluir os primeiros recursos nativos de IA.
“A mudança de uma economia física para uma economia digital e os enormes avanços na IA combinaram-se para tornar esta aspiração ainda mais urgente e acessível hoje do que há 11 anos. Este será o nosso foco daqui para frente”, disse o CEO.
Então, o Figma manterá o objetivo de ser uma ferramenta simples para qualquer pessoa construir produtos em uma única tela. Ou seja, usar uma única plataforma que vai desde a fase das ideias até a etapa da produção de um projeto.
“Estou muito animado com o que o futuro reserva e muito grato à nossa comunidade por nos apoiar. Os melhores e mais inovadores dias do Figma ainda estão por vir”, encerra a nota do executivo.
{{ excerpt | truncatewords: 35 }}
{% endif %}