Amazon pode ser responsabilizada por produtos defeituosos vendidos por terceiros

Após explosão de bateria provocar queimaduras em consumidora, empresa responde a processo como parte central na entrega do produto

Ana Marques
• Atualizado há 3 anos
Embalagem da Amazon (imagem: divulgação/Amazon)

A Amazon poderá responder legalmente por produtos com defeito vendidos em seu marketplace. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Apelações do Quarto Distrito em relação a um caso de explosão de bateria comprada por meio da plataforma, que causou queimaduras em uma consumidora, na Califórnia.

Angela Bolger adquiriu o componente para seu notebook na loja E-Life, nome fantasia da empresa “Lenoge Technology HK Ltd”, que posteriormente foi retirada da Amazon por “preocupações de segurança”. No entanto, a consumidora alega nunca ter sido notificada sobre o banimento.

O processo foi aberto originalmente em 2019 e julgado em uma corte de instância inferior. Na época, a Amazon conseguiu se esquivar da responsabilidade ao alegar que era apenas uma intermediária entre lojas e compradores.

Ao reverter a decisão, o Tribunal de Apelações do Quarto Distrito afirmou que “independentemente do termo que usamos para descrever o papel da Amazon, seja ‘vendedor’, ‘distribuidor’ ou meramente um ‘facilitador’, a empresa foi um pivô ao entregar o produto em questão para a consumidora”.

Não se sabe se a decisão para este caso surtirá algum efeito em outros processos que envolvem a gigante do comércio eletrônico. Em embates anteriores, nesta mesma linha, a Justiça deu ganho de causa à Amazon.

Com informações: Engadget e Verge

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.