Apple e Amazon reduzem atividades durante protestos nos EUA
Protestos pela morte de George Floyd resultaram em ataques a lojas da Apple e adiaram entregas da Amazon
Protestos pela morte de George Floyd resultaram em ataques a lojas da Apple e adiaram entregas da Amazon
Das mais de 270 lojas que a Apple mantém nos Estados Unidos, cerca de 140 foram reabertas após a pandemia de coronavírus (COVID-19). A maior parte teve que ser fechada novamente no último fim de semana, no entanto. Desta vez, o motivo é diferente: os protestos pela morte de George Floyd. Não é só a Apple: as operações da Amazon também foram afetadas pelas manifestações.
A onda de protestos teve início em 25 de maio. Tudo começou com a divulgação de um vídeo que mostra um policial branco de Minneapolis mantendo o joelho sobre o pescoço de George Floyd enquanto este estava algemado e deitado no chão.
O homem, um afro-americano de 46 anos, foi levado ao hospital após a agressão policial, mas acabou falecendo. Uma série de protestos tem surgido desde então, não só para pedir justiça, mas também como um crescente movimento de mobilização contra o racismo.
Embora manifestações estejam surgindo em várias partes do mundo, elas são muito mais numerosas nos Estados Unidos. Em dezenas de cidades do país, as autoridades chegaram até a instituir toque de recolher.
Diversos estabelecimentos comerciais foram atacados ou saqueados durante os protestos. Entre eles estão unidades da Apple Store. É por isso que a companhia decidiu fechar boa parte das lojas que foram reabertas recentemente. De algumas delas, a companhia retirou mercadorias por prevenção a saques.
O fechamento se limitou ao final de semana para muitas lojas, mas unidades em locais que têm registrado mais violência ficarão inoperantes por tempo indeterminado.
Apesar de ter sido afetada, a Apple não se posicionou contra os protestos. Em carta direcionada aos funcionários da companhia, Tim Cook anunciou doações para grupos que combatem a injustiça racial e defendem os direitos humanos, e manifestou apoio aos que sofrem com o problema do racismo.
“Para todos os nossos colegas que sofrem agora, por favor, saiba que vocês não estão sozinhos e que temos recursos para apoiá-los. É mais importante do que nunca conversar com o outro e encontrar cura em nossa humanidade comum”, diz um trecho da carta de Cook.
A Amazon é uma das poucas empresas que têm mantido operações a todo vapor nesta época de pandemia, mas os protestos pela morte de George Floyd também afetaram a sua rotina.
Entregas de produtos estão sendo adiadas e rotas de transportes passam por ajustes para evitar que os entregadores atravessem áreas em conflito. No último sábado (30), motoristas da companhia chegaram a receber uma mensagem urgente dizendo “se você está entregando pacotes neste momento, pare imediatamente e vá para casa”.
Obviamente, as preocupações com a segurança é que fizeram a Amazon rever as suas operações de transporte. A companhia informou que segue monitorando as manifestações e só reabrirá os pontos de entrega quando for seguro.