Apple Watch SE e Series 6 funcionam no 4G de 700 MHz do Brasil
Novo Apple Watch funciona com 4G na banda 28, mas modelos comprados nos EUA não suportam a frequência de 700 MHz
Novo Apple Watch funciona com 4G na banda 28, mas modelos comprados nos EUA não suportam a frequência de 700 MHz
A Apple anunciou nesta terça-feira (15) os novos Apple Watch Series 6 e Apple Watch SE, e há uma surpresa: pela primeira vez os modelos com conectividade celular (LTE) terão compatibilidade com a frequência de 700 MHz usada no Brasil (banda 28), algo que não estava disponível nas gerações passadas.
No Brasil, as bandas utilizadas no 4G são 1 (2.100 MHz), 3 (1.800 MHz), 5 (850 MHz), 7 (2.600 MHz) e 28 (700 MHz APT). Todas elas estão disponíveis no Apple Watch Series 6 e Apple Watch SE para o mercado europeu e asiático, que também deve ser vendido em território nacional (modelos A2375, A2376, A2355 e A2356).
A banda de 700 MHz é importante por ter maior penetração de sinal e permite melhor funcionamento em ambientes internos. Ao mesmo tempo, as frequências menores entregam velocidades mais baixas, além de atender menos usuários conectados na mesma torre.
Quem comprar o novo Apple Watch Series 6 ou Apple Watch SE nos Estados Unidos, Canadá e México ficará sem a conectividade com a banda de 700 MHz e será atendido pelo 3G e 4G nas demais frequências. O mesmo ocorre com o iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max norte-americanos.
Na prática, não dá pra falar que o produto não funcionará no Brasil, uma vez que os Apple Watches de gerações anteriores não suportavam a banda 28 e eram comercializados e utilizados no país. As operadoras Claro, TIM e Vivo também atuam com outras frequências, enquanto a Oi e outras operadoras móveis virtuais (MVNOs) não oferecem o serviço de conectividade para o smartwatch.
Por ter maior penetração de sinal, a frequência de 700 MHz é usada exclusivamente por algumas operadoras em estradas ou cidades pequenas, o que reduz custos na implementação da rede. Quem usar um Apple Watch americano numa localidade como essas ficará sem o serviço de conectividade 4G.
No entanto, quem permanece nos grandes centros não precisa se preocupar tanto: as demais bandas continuam funcionando e não serão desligadas tão cedo, uma vez que as operadoras atuam com agregação de frequências para entregar maior velocidade no 4G.