BlackBerry cai para 0,0% e Windows chega a 0,3% do mercado de smartphones
Pela primeira vez em oito trimestres, Apple vendeu mais que Samsung
Pela primeira vez em oito trimestres, Apple vendeu mais que Samsung
Quando os relatórios de vendas são divulgados pelas consultorias, o mais comum é destacarmos os concorrentes que trocaram de posições ou mais cresceram. Mas desta vez é diferente: dois grandes nomes do mercado despencaram tanto nos últimos meses que passaram a ter números irrelevantes. O BlackBerry, pela primeira vez, ficou com 0,0%, enquanto o Windows continuou caindo, para 0,3%, segundo a Gartner.
A morte do BlackBerry OS no relatório do quarto trimestre de 2016 não é exatamente uma surpresa, já que a BlackBerry passou a focar no Android em detrimento de seu próprio sistema operacional e, mais recentemente, desistiu de produzir smartphones. Ainda assim, não deixa de ser um fato marcante para uma gigante que já chegou a vender mais de 20% de todos os smartphones do mundo.
O Windows ainda tem um resquício de participação nas vendas, mas segue pelo mesmo caminho do BlackBerry OS: não há nenhuma empresa relevante vendendo aparelhos com a plataforma da Microsoft, nem a própria Microsoft. A fatia do Windows caiu para menos de 1% há um ano e, no mercado brasileiro, a participação nas vendas já é zero, segundo a IDC: são 95,5% de Androids e 4,5% de iPhones.
Android e iOS pegaram a fatia dos sistemas operacionais moribundos e cresceram em relação ao mesmo período de 2015. O robô ficou com 81,7% das vendas, enquanto a Apple chegou a 17,9%. Somados, eles detém nada menos que 99,6% do mercado mundial. É um duopólio mais que consolidado (e, fora do segmento de topos de linha, um monopólio).
Pela primeira vez em oito trimestres, a Apple ultrapassou a Samsung nas vendas de smartphones. Foram 77,04 milhões de iPhones (17,9%) vendidos globalmente nos últimos três meses de 2016, contra 76,78 milhões de aparelhos da Samsung (17,8%). Este também foi o trimestre no qual as duas empresas ficaram mais próximas, com uma vantagem de apenas 256 mil aparelhos (!) a favor da Apple.
A subida da Apple se deve ao sucesso do iPhone 7, que bateu recorde de vendas, mas também ao fracasso do Galaxy Note 7, claro. Como um Galaxy S novo é apresentado pela Samsung logo no começo do ano, quem costuma segurar as vendas dos sul-coreanos no segundo semestre costuma ser o Galaxy Note. Desta vez, não deu.
Os chineses aumentaram sua dominância no ranking. A Huawei, que almeja a liderança até 2020 ou 2021, subiu para 9,5% (contra 8,0% no mesmo período de 2015). Ela sofre a concorrência das também chinesas Oppo (4º lugar, com 6,2%) e BBK (5º lugar, com 5,6%). É pouco provável que um brasileiro conheça a BBK, mas ela já ocupa a segunda posição no mercado chinês (e você sabe o que acontece com quem vende bem num país de 1,35 bilhão de habitantes) e vem crescendo na Índia.
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