A Broadcom insiste na ideia de comprar a concorrente Qualcomm: ela fez uma proposta de US$ 103 bilhões em janeiro, recebeu uma negativa, aumentou o valor para US$ 121 bilhões e teve sua oferta recusada novamente. Apesar disso, a Qualcomm afirma que ainda está disposta a negociar um acordo melhor. Só que o valor diminuiu: nesta quarta-feira (21), a oferta caiu para US$ 117 bilhões.
Isso aconteceu porque a Qualcomm enfrenta dificuldades para comprar a NXP, empresa de semicondutores dos Países Baixos. A Qualcomm anunciou a aquisição em outubro de 2016 por US$ 38 bilhões; no entanto, nem todos os acionistas da NXP aprovaram o valor. Desde então, as negociações vinham se arrastando, até que, na terça-feira (20), a Qualcomm subiu a proposta para US$ 44 bilhões.
Devido ao aumento no valor que a Qualcomm deve gastar com a aquisição da NXP, a Broadcom decidiu revisar sua oferta para baixo, de US$ 121 bilhões para US$ 117 bilhões. Os outros detalhes da oferta não mudaram, incluindo a multa de US$ 8 bilhões que a Broadcom se compromete a pagar à Qualcomm caso o acordo enfrente resistência dos órgãos regulatórios.
Se concretizado, o negócio entre Broadcom e Qualcomm pode criar uma gigante de mais de US$ 200 bilhões. A Broadcom trabalha em vários mercados da Qualcomm, como modems, processadores ARM e chips de conexão Bluetooth e Wi-Fi. Juntas, as empresas seriam a terceira maior fabricante de chips do mundo, atrás da Samsung e da Intel, controlando boa parte da cadeia de suprimentos de smartphones.
Com informações: Reuters.