Broadcom diminui proposta de compra da Qualcomm para US$ 117 bilhões

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

A Broadcom insiste na ideia de comprar a concorrente Qualcomm: ela fez uma proposta de US$ 103 bilhões em janeiro, recebeu uma negativa, aumentou o valor para US$ 121 bilhões e teve sua oferta recusada novamente. Apesar disso, a Qualcomm afirma que ainda está disposta a negociar um acordo melhor. Só que o valor diminuiu: nesta quarta-feira (21), a oferta caiu para US$ 117 bilhões.

Isso aconteceu porque a Qualcomm enfrenta dificuldades para comprar a NXP, empresa de semicondutores dos Países Baixos. A Qualcomm anunciou a aquisição em outubro de 2016 por US$ 38 bilhões; no entanto, nem todos os acionistas da NXP aprovaram o valor. Desde então, as negociações vinham se arrastando, até que, na terça-feira (20), a Qualcomm subiu a proposta para US$ 44 bilhões.

Devido ao aumento no valor que a Qualcomm deve gastar com a aquisição da NXP, a Broadcom decidiu revisar sua oferta para baixo, de US$ 121 bilhões para US$ 117 bilhões. Os outros detalhes da oferta não mudaram, incluindo a multa de US$ 8 bilhões que a Broadcom se compromete a pagar à Qualcomm caso o acordo enfrente resistência dos órgãos regulatórios.

Se concretizado, o negócio entre Broadcom e Qualcomm pode criar uma gigante de mais de US$ 200 bilhões. A Broadcom trabalha em vários mercados da Qualcomm, como modems, processadores ARM e chips de conexão Bluetooth e Wi-Fi. Juntas, as empresas seriam a terceira maior fabricante de chips do mundo, atrás da Samsung e da Intel, controlando boa parte da cadeia de suprimentos de smartphones.

Com informações: Reuters.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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