Desde novembro, a Broadcom vem arrastando asa para a Qualcomm, tentando adquiri-la por alguns bilhões de dólares. Ela recusou duas vezes, dizendo que o valor era muito baixo, e agora está sugerindo um montante mais adequado: US$ 135 bilhões.
Segundo o Financial Times, a Qualcomm aceitaria ser comprada pela Broadcom por um total de US$ 160 bilhões — US$ 135 bilhões pela empresa em si, mais US$ 25 bilhões em dívidas que ela iria assumir.
Vamos recapitular a novela. Em novembro de 2017, a Broadcom fez uma oferta de US$ 103 bilhões, sem contar os US$ 25 bilhões em dívida. A Qualcomm rejeitou a oferta porque “subestima drasticamente” o valor da companhia e traz “incerteza regulatória significativa”.
Este mês, a Broadcom aumentou a oferta para US$ 121 bilhões (sem contar a dívida), dizendo que esta era sua “melhor e última” proposta. A Qualcomm recusou de novo, dizendo que isso a “subvaloriza materialmente”, e não oferece garantias necessárias caso o negócio seja barrado por autoridades reguladoras.
Então, aconteceu algo curioso: a Broadcom reduziu a oferta para US$ 117 bilhões. É que a Qualcomm deve gastar mais dinheiro para comprar a empresa de semicondutores NXP — ela aumentou sua oferta de US$ 38 bilhões para US$ 44 bilhões.
Agora, a Qualcomm quer mais alguns bilhões para fechar negócio. Se a Broadcom aceitar, elas formariam a terceira maior fabricante de chips do mundo, atrás da Samsung e da Intel. Elas fabricam modems, processadores ARM e chips de conexão Bluetooth e Wi-Fi.
Com informações: The Verge.