Câmara aprova projeto de lei que transforma stalking em crime

Projeto estabelece o crime de stalking pela internet ou qualquer outro meio; pena pode chegar a quatro anos de prisão

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 9 meses
Instagram, Facebook e WhatsApp (Imagem: Tecnoblog)
Instagram, Facebook e WhatsApp (Imagem: Tecnoblog)

O stalking enquanto perseguição persistente a uma pessoa pela internet ou qualquer outro meio pode se tornar crime em breve. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que tipifica a prática no Código Penal com pena de um a quatro anos de prisão. Agora, o texto será analisado pelo Senado.

Câmara tipifica crime de stalking

A proposta aprovada na Câmara é um substitutivo da deputada Shéridan (PSDB-RR) ao PL 1369/2019. A matéria estabelece como crime o ato de “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”.

O projeto também determina que a pena será aumentada em 50% se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso, ou contra mulher devido à condição do sexo feminino — como ocorre no crime de feminicídio, por exemplo. O texto prevê ainda uma pena maior caso houver participação de duas ou mais pessoas, ou se houver uso de arma.

Além da tipificação do crime de stalking, o projeto anula um trecho da Lei das Contravenções Penais sobre “molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável”.

Em seu relatório, Shéridan destacou que o stalking, especialmente o realizado pelas redes sociais, tem o poder de cercear a liberdade e a integridade das vítimas. “Estes delitos causam inúmeros transtornos à vítima que passa a ter a vida controlada pelo delinquente, vivendo com medo de todas as pessoas em todos os lugares que frequenta, um verdadeiro tormento psicológico”, afirmou.

O texto havia sido aprovado pelo Senado em novembro de 2019, mas, com o substitutivo da Câmara, será analisado novamente pelos senadores. Em caso de nova aprovação, o projeto será encaminhado para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.

Atualizado em 15/12

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Victor Hugo Silva

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Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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