ChatGPT vai usar plugins e navegação na web para dar respostas mais precisas
Chatbot da OpenAI vai se conectar com outros serviços para conseguir informações pessoais, atualizadas ou mais específicas
Chatbot da OpenAI vai se conectar com outros serviços para conseguir informações pessoais, atualizadas ou mais específicas
Mais um dia, mais uma novidade nas inteligências artificiais que geram texto. Desta vez, a OpenAI anunciou que o ChatGPT vai começar a contar com plugins de terceiros. Entre os primeiros criadores, estão Expedia, Slack e Wolfram — mas a lista vai bem além disso, incluindo um interpretador de códigos e até buscas na web.
Segundo a OpenAI, os plugins podem ser “olhos e ouvidos” para os modelos de linguagem. A empresa explica que este tipo de tecnologia só “sabe” o que foi treinada — por isso, as informações podem ser limitadas ou desatualizadas.
Ao fazer parcerias com outras empresas, o ChatGPT pode “saber” mais, já que ele passa a acessar dados mais específicos, recentes ou pessoais.
Dependendo do pedido do usuário, o chatbot pode executar uma tarefa mais segura e restrita, executando a tarefa com mais precisão.
A OpenAI também diz que, com mais dados, o número de “alucinações” — nome do jargão do setor para quando a IA traz informações incorretas ou puramente inventadas por ela mesma — tende a diminuir.
As informações também podem ser pessoais de um usuário, desde que ele autorize aquele acesso. Pense assim: o ChatGPT pode pedir acesso à sua conta em um site de viagens para saber quais você já fez e saber sugerir hotéis alinhados com seu orçamento.
Um dos grandes problemas do ChatGPT é que ele não foi treinado com informações atualizadas — os textos usados no treinamento foram publicados até 2021. Por isso, não dá para pedir que o chatbot dê respostas sobre eventos recentes: ou ele não responde, ou ele “alucina”.
Para contornar isso, a OpenAI criou um plugin próprio para navegar na web. Agora, ao fazer uma pergunta que demanda uma resposta atualizada, o robô faz uma busca na web e resume as informações encontradas nos sites visitados.
No exemplo fornecido pela empresa, o usuário pergunta como os vencedores do Oscar deste ano se comparam com outros filmes recentes em números de bilheteria.
O ChatGPT, então, busca a frase toda, entra em uma página com os filmes premiados e colhe as informações. Depois, busca apenas uma parte da frase, entra em um site com números de bilheteria e obtém os valores.
No fim, ele dá uma resposta em linguagem natural, comparando a bilheteria do filme Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo com a de Pânico VI. Ela inclui até mesmo um comentário sobre o primeiro título ter ficado um longo período em cartaz, enquanto o segundo é um lançamento recente.
A OpenAI informa que o ChatGPT usa a API de busca do Bing para procurar os resultados. Nem toda página está disponível, já que publicações podem bloquear o rastreamento por robôs.
O ChatGPT não é tão preciso na hora de fazer contas. Para ajudar nisso, outro plugin desenvolvido pela OpenAI interpreta pedidos do usuário e monta códigos em Python para resolver problemas matemáticos.
O interpretador também tem outras utilidades, como criar análises e visualizações de dados, editar imagens e converter arquivos entre diferentes formatos.
A OpenAI reconhece que os plugins trazem novos riscos. Segundo a empresa, eles podem tomar ações perigosas ou não intencionais. Isso pode permitir que pessoas mal-intencionadas cometam fraudes, enganos ou abusos.
Em exercícios de teste, foi descoberto que, sem proteções, seria possível usar os plugins para fazer injeções de instruções, para forçar o ChatGPT a realizar tarefas proibidas, enviar e-mails fraudulentos ou de spam, contornar restrições de segurança ou usar inadequadamente informações obtidas usando a ferramenta.
A companhia diz ter implementado proteções desde o início do desenvolvimento do recurso, para evitar este tipo de problema.
Por enquanto, os plugins ainda estão em fase alpha. Por isso, a disponibilidade está limitada a alguns assinantes do ChatGPT Plus (que custa US$ 20 mensais) e a alguns desenvolvedores.
Com informações: OpenAI