Ao implementar a função de geolocalização no Twitter, a rede social provavelmente só tinha como objetivo agregar mais valor ao serviço. De fato, chuto que essas foram as exatas palavras que o departamento de marketing deve ter usado para convencer os programadores de que era uma boa ideia. Por ele ser uma função opcional, os cuidadosos com a privacidade ficaram despreocupados e quem não liga de transmitir sua localização tratou de ativá-lo. Esse último grupo talvez se sinta compelido a desmarcar essa opção.

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Um programador desocupado (sempre eles!) criou um aplicativo chamado Cree.py (creepy é a palavra em inglês para arrepiante) que busca por todos os tweets de um usuário específico)= que tenham atrelados a eles alguma informação de geolocalização. Eles podem ser publicados tanto na versão web do site como na versão móvel, mas a mais precisa mesmo é por meio de aplicativos para Twitter em plataformas como o iPhone ou Android, por usarem o GPS embutido no aparelho. Ele então faz uma lista de acordo com o horário da publicação do tweet e mostra exatamente o local de onde ele se originou.

Além de buscar por mensagens de 140 caracteres, o programa também dá a opção de procurar por fotos com informações de geolocalização no Flickr e fazer o mesmo serviço sujo. O Cree.py está na versão 0.9.1 mas já tem versões tanto para Windows quanto para Linux e o programador já avisou que está desenvolvendo também uma versão para Mac OS X.

Baixar | Cree.py 0.1.9

Eu imagino que esse programa pode ser perfeito para aquelas esposas e namoradas ciumentas ou maridos e namorados desconfiados. Basta que a pessoa busque pelo username da pessoa amada para descobrir quais locais ela frequenta. Assim dá para saber ao certo onde a pessoa passou quando disse que estava trabalhando até tarde ou algo parecido. Ciumentos(as), mãos à obra!

Com informações: BoingBoing.

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Escrito por

Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.