Exclusivo: LG venderá TV OLED C1 de 48 polegadas no Brasil

OLED Evo e QNED são novidades da LG para o Brasil; C1 de 48 polegadas será voltada para gamers e chega no segundo trimestre

Paulo Higa
• Atualizado há 11 meses

O OLED finalmente estreará em TVs menores no Brasil. Em entrevista exclusiva ao Tecnoblog, a LG confirma que a nova OLED C1 será vendida no tamanho de 48 polegadas no país, com foco no público gamer. Até então, a tecnologia só estava disponível em modelos de 55 e 77 polegadas. A linha de TVs da marca também será complementada pelas novas TVs OLED Evo e QNED no segundo trimestre de 2021.

OLED C1 de 48 polegadas será opção para gamers

Antecessora da C1, LG OLED CX tinha versão de 48 polegadas que não foi lançada no Brasil (Imagem: Divulgação/LG)
Antecessora da C1, LG OLED CX tinha versão de 48 polegadas que não foi lançada no Brasil (Imagem: Divulgação/LG)

A OLED C1 é sucessora da CX e foi anunciada nesta segunda-feira (11) na CES 2021 com otimizador para games, quatro portas HDMI 2.1 para os novos PlayStation 5 e Xbox Series X, e um processador Alpha 9 de 4ª geração que promete melhorias na tecnologia de upscaling de imagem. O sistema operacional é o webOS 6.0, que traz uma interface reformulada para facilitar a descoberta de conteúdos e será exclusivo para as TVs de 2021.

A CX chegou a ter uma versão de 48 polegadas que não foi lançada no Brasil. A história será diferente com a sucessora: “Um dos prêmios que a LG recebeu na CES 2021 foi por conta do público gamer, que joga tanto no console quanto no PC e pode usar a TV OLED como um monitor para atividades do dia a dia. No Brasil, a gente recebeu muitos pedidos de quando iríamos trazer a versão de 48 polegadas ao Brasil, e agora ela será uma realidade”, diz Pedro Valery, gerente de produtos da LG, ao Tecnoblog.

TV LG OLED C1 (Imagem: Divulgação/LG)
TV LG OLED C1 (Imagem: Divulgação/LG)

Os preços não foram divulgados, mas nada indica que a C1 menor será acessível. Na verdade, em países como Estados Unidos e Reino Unido, a CX de 48 polegadas é frequentemente vendida a preços mais altos que a de 55 polegadas. Isso acontece por causa do custo de produção maior: a tela de 48 polegadas tem densidade de pixels superior e, por ser menos vendida, não se beneficia da economia de escala. Mas a LG não acredita que isso será um problema.

“No fundo, a gente pode dizer que a OLED, independente do preço que colocarmos, terá público. Não fosse por isso, não seria considerada a melhor do mercado. Assim como a OLED de 55 polegadas custa mais que o dobro de uma 4K de entrada do mesmo tamanho, a pessoa compra a OLED, fica impressionada e não quer mais voltar atrás”, diz Valery.

Pelo menos, se o dinheiro estiver mais curto, há algo a se comemorar: a A1, uma TV OLED mais acessível, será vendida no mercado brasileiro para entrar no lugar da antiga série OLED B, cujo último lançamento foi a B9, em 2019. No ano passado, influenciada pela pandemia que afetou as fábricas de telas, a LG havia lançado no país somente os modelos CX e GX, mais caros.

LG OLED Evo e QNED chegam ao Brasil no segundo trimestre

TV LG OLED Evo G1 (Imagem: Divulgação/LG)
TV LG OLED Evo G1 (Imagem: Divulgação/LG)

A linha de TVs da LG será composta por cinco famílias em 2021, sendo que duas delas serão novas: OLED Evo e QNED. Valery diz em entrevista exclusiva ao Tecnoblog que a LG deverá iniciar a transição para a nova geração de TVs e começar a vender os novos modelos no Brasil no final do segundo trimestre de 2021, entre maio e junho.

O OLED Evo é a tecnologia que estará presente na TV mais completa da LG, a G1. Em relação às TVs OLED passadas, o novo painel ganha uma “camada adicional de dispersão de energia para que o painel OLED atinja um brilho mais forte”, explica Valery, o que deverá melhorar o contraste. Apesar de já ter preto puro e teoricamente uma relação de contraste infinito, o OLED não consegue atingir o branco com tanta facilidade quanto o LCD, um ponto fraco que deverá ser minimizado com a evolução.

Logo abaixo das OLED C1 e A1, entra a família QNED. A LG uniu um novo backlight em Mini-LED com a tecnologia de pontos quânticos, usada na linha NanoCell e em concorrentes como a Samsung QLED. Como a iluminação passa a ser realizada por LEDs muito menores, é possível colocar mais deles em um mesmo tamanho de tela, o que permite melhorar significativamente o brilho e o contraste.

LG QNED com backlight Mini-LED (Imagem: Divulgação/LG)
LG QNED com backlight Mini-LED (Imagem: Divulgação/LG)

Enquanto as TVs LCD mais caras com tecnologia de full-array local dimming (FALD) tinham algumas centenas de LEDs para iluminar o painel, o Mini-LED permite adicionar milhares deles, o que aumenta a precisão da iluminação da tela. A LG não divulga os números exatos, mas terá modelos com até 30 mil LEDs. “Ainda não é OLED, que tem o preto perfeito, mas tem um contraste muito superior ao LCD e deixa as TVs muito mais finas”, explica Valery.

No mercado brasileiro, as TVs QNED da LG continuarão sendo vendidas com as NanoCell com backlight de LED tradicional e os modelos Ultra HD, que incluem as TVs 4K mais simples da empresa.

Relacionados

Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.