Facebook, Twitter e YouTube tentam conter vídeo sobre cloroquina compartilhado por Trump
Vídeo sobre o uso da cloroquina foi compartilhado por Donald Trump na segunda-feira. Publicação no Twitter foi removida
O site de extrema-direita Breitbart está sendo alvo de redes sociais por compartilhar informações falsas sobre o uso da cloroquina para a cura da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Facebook, Twitter e YouTube removeram ontem um vídeo do grupo sobre o tema. Donald Trump e seu filho, Trump Jr., que divulgaram o vídeo, foram advertidos.
No conteúdo, um grupo de profissionais da saúde aparece em frente ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos dizendo: “estudos mostram que a cloroquina é eficaz no combate à COVID-19” e que “você não precisa usar máscaras”. De acordo com a CNN, os médicos que aparecem no vídeo são conhecidos como America’s Frontline Doctors (ou “Médicos da Linha de Frente da América”, numa tradução livre).
Ele foi publicado na tarde de ontem (27), viralizou e registrou ao menos 14 milhões de visualizações no Facebook, antes de ser removido pela empresa de Mark Zuckerberg. Dados de monitoramento da Crowdtangle mostrou que o conteúdo foi compartilhado 600 mil vezes na mesma rede.
“Sim, nós o removemos por compartilhar informações falsas sobre curas e tratamentos para a COVID-19”, informou Andy Stone, gerente de comunicações do Facebook.
No Twitter, o material foi compartilhado por Donald Trump e seu filho, Trump Jr. A rede social apagou a publicação e um porta-voz da empresa disse à CNN: “estamos tomando medidas em conformidade com nossa política de informações erradas da COVID-19”.
O Twitter impediu o acesso de Trump Jr. à plataforma por 12 horas, isso porque ele publicou o vídeo direto na rede social, diferentemente do pai, que apenas retweetou, explicou a companhia.
O YouTube, por sua vez, removeu o conteúdo e classificou que o material “viola as Diretrizes da comunidade do YouTube”.