Facebook vai combater curas “milagrosas” divulgadas na rede social

Posts com conteúdo sensacionalista sobre saúde terão alcance reduzido no Facebook

Paulo Higa
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Como postar GIFs no Facebook

O Facebook vem mudando o algoritmo do feed de notícias para combater conteúdo sensacionalista. Nesta terça-feira (2), a empresa anunciou uma alteração para lidar especificamente com saúde: publicações que tentarem vender curas milagrosas ou que contiverem afirmações exageradas terão o alcance reduzido na rede social.

A mudança entrou em vigor no último mês. De acordo com o Facebook, as pessoas se reúnem na rede social “para conversar, defender e se conectar em torno de assuntos como nutrição, condicionamento físico e outras questões relacionadas à saúde”, por isso, é importante minimizar “conteúdos sensacionalistas ou enganosos sobre saúde” no feed de notícias.

Dois tipos de publicações serão combatidos. Primeiro, quando uma publicação “exagera ou engana, por exemplo, fazendo uma afirmação sensacionalista sobre uma cura milagrosa”. Segundo, quando “promove um produto ou serviço com base em uma alegação relacionada à saúde, por exemplo, promovendo uma medicação ou pílula para ajudar você a perder peso”.

A punição para essas publicações é a mesma de grupos que espalham notícias falsasou de usuários que “quase” violam as regras da rede social, com clickbait ou desinformação. Caso o Facebook detecte frases com alegações exageradas ou enganosas sobre saúde, a publicação terá menor classificação e aparecerá com menos frequência para outros usuários.

Facebook / Saúde

Segundo o Facebook, a mudança não influenciará significativamente no alcance da “maioria das páginas”.

“Curas” para câncer são espalhadas nas redes sociais

O problema dos conteúdos sensacionalistas sobre saúde não é novo. No ano passado, o britânico The Telegraph descobriu que o Facebook estava promovendo curas “alternativas” para o câncer, mostrando as informações questionáveis com um destaque maior que o de órgãos como a Cancer Research UK.

Na ferramenta de busca do Facebook, sites anti-vacina chegavam a aparecer no topo dos resultados. As pesquisas direcionavam os usuários para páginas com falsas alegações de que vacinas poderiam causar autismo, diabetes e outros transtornos de saúde. Na época, o Facebook já havia anunciado que estava investindo em formas de limitar a disseminação sobre tratamentos de câncer não comprovados.

Leia | As dimensões de capa do Facebook [tamanhos exatos]

Relacionados

Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.