Feira MWC quer receber 50 mil pessoas em Barcelona durante pandemia

A MWC vai exigir um teste negativo para COVID-19 realizado nas últimas 72 horas, para o participante entrar nos pavilhões

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
Entrada da MWC, em Barcelona (Foto: André Fogaça/Tecnoblog)
Entrada da MWC, em Barcelona (Foto: André Fogaça/Tecnoblog)

Mesmo depois do cancelamento da última edição por conta da pandemia de COVID-19, decisão tomada somente após mais de 40 empresas desistirem do evento, a GSM Association (GSMA) continua fiel ao calendário para ter a Mobile World Congress (MWC) acontecendo em nova data, com ao menos metade do público previsto para visitar os estandes no centro de convenções em Barcelona, na Espanha.

A afirmação vem de John Hoffman, CEO da GSMA, organização responsável por coordenar o evento. Para o executivo, as datas para a edição deste ano da MWC acontecer estão mantidas entre 28 de junho e primeiro de julho. Diferente de outras feiras em 2020 e até a CES deste ano, Mobile World Congress terá público no local.

Mesmo com todos os riscos de contágio pelo novo coronavírus e a segunda onda atingindo vários países, com a vacinação ainda acontecendo em passos mais lentos que o esperado, a organização do evento espera atrair ao menos metade do público que costuma visitar a MWC em uma edição convencional. Isso significa que das 110 mil, Hoffman prevê algo entre 40 mil e 50 mil pessoas caminhando pelos corredores e expondo suas novidades nos pavilhões do centro de convenções.

Os participantes corajosos o suficiente para entrarem em uma feira que é considerada a maior focada em mobilidade do mundo, servindo de palco para inovações não somente em lançamento de smartphones, mas também para apresentação de novas tecnologias do segmento, precisarão apresentar um teste de COVID-19 negativo realizado nas últimas 72 horas.

MWC se protege, mas não espera todos vacinados

Para tentar lidar com o contágio que certamente acontecerá, a organização preparou um número muito maior de interações que evitam o contato físico, seja para totens interativos, ou então entre os participantes mesmo.

A GSMA promete controlar ativamente o distanciamento social dentro dos pavilhões, exigir o uso de máscaras durante todo o tempo e diz que produtos de higiene estarão disponíveis para todos os participantes e expositores, além de pessoal treinado para oferecer informações sobre a segurança de todos.

“Nossa visão é que seria ótimo se o mundo estivesse vacinado, mas não podemos contar com isso em 2021, então, em vez disso, estamos contando com testes prévios para garantir que nossa bolha não seja apenas Fira Gran Via (nome do centro de convenções onde acontece a MWC), mas toda Barcelona,” comenta o executivo.

Lembrar da proteção da cidade da região da Catalunha é importante, já que a feira é capaz de gerar 14 mil empregos temporários e a renda movimentada gira em torno de € 500 milhões para a região.

Com informações: Mobile World Live.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.